A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira (23), oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado através de conversas em um grupo de Whatsapp, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito nestas eleições.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi quem determinou as buscas em cinco estados, sendo eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Segundo as investigações alvos da PF são os empresários Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan; Afrânio Barreira, da rede de restaurantes Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.
As mensagens foram reveladas em uma reportagem do jornalista Guilherme Amado publicada no site Metrópoles, no último dia 17 de agosto.
As conversas
José Koury disse que prefere uma ruptura institucional à volta do PT ao governo. Além disso, segundo Koury, se o Brasil voltasse a viver sob ditadura, isso não o impediria de receber investimentos estrangeiros.
Já o empresário Morongo é favorável ao ato militar convocado pelo presidente Bolsonaro para o feriado do dia 7 de setembro, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo ele foi um golpe terem soltado “o presidiário”, se referindo a Lula, e que o “supremo” age contra a Constituição.
Ivan Wrobel falou sobre uma suposta fraude na eleição deste ano. “Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público”, citando o ato programado para o dia 7.
Luciano Hang, usou as redes sociais para protestar contra a operação. O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), também criticou a ação.
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