25 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:46

PF faz buscas na Eletronuclear e prende presidente licenciado da empresa

Movimentação de agentes da Polícia Federal em frente ao prédio da Eletronuclear, no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). (Foto: Estadão Conteúdo)
Movimentação de agentes da Polícia Federal em frente ao prédio da Eletronuclear, no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). (Foto: Estadão Conteúdo)

Rio de Janeiro – Funcionários que chegaram para trabalhar na sede da Eletronuclear, na Rua da Candelária, no centro do Rio, foram surpreendidos pela presença de dois carros da Polícia Federal que cumpriam a 16ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira, 28. De acordo com testemunhas, as equipes da PF chegaram por volta de 5h da manhã e vasculham documentos e computadores nos andares onde funcionam os setores financeiro, comercial, de informática e a presidência da companhia.

As suspeitas corrupção na empresa surgiram em abril deste ano, quando o então presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi mencionado na delação premiada do ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini. Ele teria recebido propinas pelas obras da usina nuclear Angra 3, segundo o depoimento de Avancini.

Pinheiro da Silva foi preso temporariamente nesta terça-feira em casa, em Niterói. No fim de abril, em meio às denúncias, o executivo pediu licença do cargo, ocupado desde então pelo presidente interino Pedro Figueiredo. A outra prisão desta fase foi a do presidente global da Andrade Gutierrez Energia, Flávio Barra.

Impedidos de entrar nos locais onde os policiais realizavam buscas, muitos funcionários da Eletronuclear esperavam na porta do imóvel por volta de 9h30 sem saber a que horas poderiam entrar. Com isso, as piadas eram recorrentes. “Chegaram para te prender”, dizia um funcionário a um dos colegas.

Entre eles, no entanto, o clima também era de revolta. “Trinta e cinco anos construindo isso (a Eletronuclear) para esses caras desencaminharem”, comentou um homem. “O sentimento é de tristeza. Estamos revoltados”, desabafou outro funcionário.

(Estadão Conteúdo)

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