19 de dezembro de 2025
Segurança Pública

PF e PRF apreendem mais de uma tonelada de cocaína em operações em Goiás e Tocantins

Drogas estavam escondidas em caminhões de carga e tinham como destino portos para possível envio ao exterior
Mais de uma tonelada de cocaína foi apreendida em caminhões interceptados em Nova Crixás (GO) e Nova Olinda (TO) durante ação integrada. Foto: Divulgação.
Mais de uma tonelada de cocaína foi apreendida em caminhões interceptados em Nova Crixás (GO) e Nova Olinda (TO) durante ação integrada. Foto: Divulgação.

A Polícia Federal em Goiás apreendeu mais de uma tonelada de cocaína nesta sexta-feira (19) durante uma operação integrada com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal do Tocantins. A ação ocorreu de forma simultânea nos dois estados e representa uma das maiores apreensões do ano na região Centro-Norte do país.

As drogas estavam sendo transportadas em dois caminhões, interceptados após trabalho de inteligência e troca de informações entre as forças de segurança. Um dos veículos foi abordado no município de Nova Crixás (GO), onde foram apreendidos aproximadamente 535 quilos de cocaína. O outro caminhão foi interceptado em Nova Olinda (TO), com cerca de 480 quilos do entorpecente, totalizando mais de uma tonelada da droga.

Investigação e monitoramento

Segundo o delegado da Polícia Federal Hugo Lisita, a operação foi resultado de uma investigação que já vinha sendo conduzida há algum tempo pelas forças policiais.

“A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal trabalham com inteligência. Nós já havíamos identificado esse grupo criminoso e passamos a monitorar esses caminhões. Hoje, conseguimos apreender duas cargas simultaneamente, totalizando mais de uma tonelada de cocaína”, explicou.

De acordo com o delegado, a PRF realizou a abordagem dos veículos, enquanto a Polícia Federal acompanhou toda a ação e assumiu a condução da investigação.

Droga escondida em carga legal

Durante a fiscalização, os motoristas apresentaram informações contraditórias, o que levantou suspeitas das equipes. Após vistoria minuciosa, a droga foi localizada na carroceria dos caminhões, misturada a uma carga legal de milho, utilizada como forma de disfarçar o transporte ilícito. “A princípio, o caminhão transportava milho. Entre essa carga legal, estava escondida a cocaína, acondicionada no semi-reboque”, detalhou Lisita.

Em um dos veículos, o motorista foi preso em flagrante. No outro caminhão, interceptado no Tocantins, quem conduzia o veículo era a esposa do motorista, o que indica que a mesma família estaria envolvida diretamente no transporte da droga.

Possível tráfico internacional

As investigações apontam que a droga teve origem no Estado do Mato Grosso. Embora a documentação indicasse destino formal em Minas Gerais, a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que a carga seguiria para portos no Ceará ou no Espírito Santo, com posterior envio para o exterior.

“Há fortes indícios de tráfico internacional de drogas. Normalmente, quando se trata de uma quantidade tão vultosa e com alto grau de pureza, o destino final é o mercado externo, possivelmente a Europa”, afirmou o delegado.

Prejuízo milionário ao crime organizado

A cocaína apreendida passará agora por perícia técnica para avaliação de pureza pelo setor de criminalística da Polícia Federal. Embora o valor exato ainda não tenha sido calculado, a PF afirma que o prejuízo causado ao crime organizado é significativo.

“Não temos ainda uma avaliação patrimonial precisa, mas é um prejuízo muito grande. Somente neste mês, já apreendemos quase duas toneladas de cocaína. Essa integração entre Polícia Federal e PRF tem causado impactos relevantes às organizações criminosas”, ressaltou Lisita.

Investigações continuam

Os caminhões e a droga permanecem apreendidos e à disposição da Polícia Federal. As investigações seguem em andamento para identificar financiadores, responsáveis pela logística e eventuais destinatários da carga, reforçando o combate às organizações criminosas estruturadas que atuam no tráfico de drogas em âmbito nacional e internacional.


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