O Ministério do Meio Ambiente quer que a Polícia Federal investigue as causas do incêndio que já consumiu ao menos 26% da região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e que há “fortes indícios” de que o fogo seja resultado de ação criminosa.
Em entrevista coletiva em Brasília nesta quarta-feira (25), o ministro substituto Marcelo Cruz afirmou que a Polícia Ambiental de Goiás também foi acionada.
Ajudam na operação de combate às chamas 215 pessoas coordenadas pelo ICMBio, responsável pelo parque, além de mais de cem voluntários. Estão sendo empregados cinco aviões tanque, quatro helicópteros e um avião C130 da FAB (Força Aérea Brasileira).
Até esta quarta-feira (25), mais de 60 mil hectares do parque já haviam sido consumidos pelo fogo. Segundo o coordenador-geral de proteção do ICMBio, Luiz Felipe de Luca, há relatos de motociclistas que estariam carregando gasolina e alimentando o fogo.
Cruz, o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, e o secretário de Meio Ambiente do DF, André Lima, sobrevoarão nesta quarta as áreas atingidas.
Apesar dos indícios de que o fogo possa ter sido originado a partir de um ato criminoso, Cruz afirmou também que é preciso levar em consideração as condições climáticas de 2017, já que a região passa por uma estiagem prolongada e sofre com as temperaturas mais elevadas do que a média.
Cruz, que é secretário-executivo do ministério, está ocupando a pasta durante a crise porque o titular, Sarney Filho (PV-MA), foi exonerado pelo presidente Michel Temer para votar na deliberação sobre a segunda denúncia contra o peemedebista no plenário da Câmara. (Folhapress)
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