A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará nesta terça-feira (25) contra uma organização criminosa envolvida na comercialização ilegal de ouro obtido de forma ilícita e aquisição de imóveis e carros de luxo.
O delegado Sandro Pais Sandri, chefe da Delegacia de Meio Ambiente da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia, destacou que a investigação iniciou com a apreensão de carga de ouro que vinha para Goiás como parte do esquema. O volume era relativamente baixo, de aproximadamente 5,5 kg de ouro, em barras escondidas no engate de uma caminhonete, que estava vindo da região de Manaus, com destino final era Goiás.
A prisão foi realizada pelo Comando de Operações de Divisas da Polícia Militar de Goiás que encaminhou a ocorrência para a Polícia Federal. Com o suspeito, foi apreendido o celular que levou a um esquema muito maior. Conforme o delegado, somente essa carga estava avaliada em 1 milhão e 700 mil reais. “O que foi desenvolvido, investido em termos de dinheiro para aquisição de mineral, aquisição e venda de mineral, somam aproximadamente 7 milhões de reais”, estima ele.

Com o grupo havia vários carros de luxo. Foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Goiás, 14 mandados de busca, além de sequestro de bens imóveis, ele relata que foi determinado o bloqueio de veículos e determinada a indisponibilidade de valores em espécie nas contas bancárias dos investigados, mais a quebra de sigilo fiscal e bancário dos investigados.
Conforme Sandri, a PF agora cruzar os dados e fechar o ciclo financeiro dos investigados.
Chamada de Operação Provérbios 22:1, a ação visava coletar mais elementos de provas com o fim de subsidiar e robustecer as informações policiais que já identificadas nas investigações.
A investigação apurou até aqui que o grupo criminoso especializou-se na aquisição, transporte e a comercialização clandestina e ilegal de ouro obtido de forma ilícita, com a consequente lavagem de capitais com investimentos em veículos, bens móveis e imóveis dando aparência de legalidade aos proventos obtidos com a atividade criminosa desenvolvida por seus membros.
O ouro era captado de extrações ilegais do Norte do Brasil, transportando clandestinamente, passando por diferentes regiões, tendo Goiás como “entreposto”.
O destino desse ouro era a transformação em joias nos Estados de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, além de ser lavado para ocultação da ilicitude. A operação envolveu 56 policiais federais distribuídos em 4 policiais por equipe. Não havia mandados de prisão, mas os integrantes da organização estão todos identificados.
Leia mais sobre: Crime organizado / Goiás / Operação Provébios / PF / Direito e Justiça / Meio Ambiente

