12 de agosto de 2024
Brasil

PF de Goiás prende dois maiores hackers brasileiros em ação conjunta com o FBI

Segundo delegado Pablo Bergmann, a Operação "Darkode" é realizada em outros 18 países. (Foto: TVDG)
Segundo delegado Pablo Bergmann, a Operação "Darkode" é realizada em outros 18 países. (Foto: TVDG)

Em ação conjunta, a Polícia Federal de Goiás e o Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos, deflagraram a Operação “Darkode” na manhã desta terça-feira (14) para cumprir dois mandados de prisão preventiva de hackers, quatro de busca e apreensão e mandados de condução coercitiva. 

 Veja vídeo da coletiva: 

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De acordo com o Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos de Brasília, o nome da Operação faz alusão a um fórum internacional de hackers. A partir desse fórum, a PF e o FBI conseguiram identificar 62 pessoas, consideradas com grande potencial de crimes pela internet. A ação envolve o Brasil e mais 18 países, onde estão sendo cumpridos outros mandados de prisão.

Em Goiás foram presos dois hackers que possuem, dentro do fórum, posição de destaque. Neste fórum são compartilhadas tecnologias e descobertas no mundo virtual, além da existência de venda de ferramentas que podem ser usadas por outros hackers em todo o mundo. O fórum também se tornou importante para os hackers por ser um lugar, virtual, onde se pode absorver informações e tecnologias, buscando a prática de crimes cibernéticos.

Segundo o delegado da PF, Pablo Bergmann, os criminosos procuram obter dados de pessoas que possibilitem fazer as fraudes. “A partir do momento em que ele tem acesso a senhas e dados que a vítima fornece, clicando em links maliciosos na internet, ele acessa a conta da pessoa e utiliza como se fosse a própria vítima, pagando contas, fazendo transferências”, explica.

Geralmente, os hackers utilizam uma “rede de computadores infectados” para enviar spam, cometer as fraudes, fazer ataques a outros sites, entre outros crimes. Essa “rede” é controlada por uma pessoa e pode ser alugada. Desta forma, outro hacker paga para usá-la, cometer o crime que quer e devolve o controle da rede para o administrador original. Assim, o “proprietário” da rede começa a ganhar dinheiro com isso.

Ainda de acordo com o Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos, estes são crimes que possuem alta dificuldade de identificação de autoria, por isso, a demora em encontrar os hackers ou comprovar quem realmente cometeu o crime. No entanto, a Superintendência da PF afirma que neste caso específico conseguiram materializar muitas provas. 

Cuidados

Para que você não caia em uma armadilha de hackers, o delegado explica que o usuário da internet deve ter uma série de cuidados. “Certificar-se de que realmente está acessando a página do banco. Sempre digite diretamente a página do seu banco no navegador. Não acesse o internet banking clicando em links. Mensagens da Receita Federal, Justiça, que dizem clique aqui ou veja suas fotos, de maneira geral são maliciosas e vão te levar o usuário a instalar um programa malicioso em sua máquina”.

 

 

 


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