19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:56

Pezão exonera preso por corrupção em obra do metrô do Rio

Imagem: Fotos Públicas
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Preso na terça (14) em desdobramento da Lava Jato, o subsecretário estadual de Turismo, Luiz Carlos Velloso, foi exonerado do cargo pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A informação foi divulgada nesta quarta (15) no “Diário Oficial”.

Na gestão de Sérgio Cabral (PMDB), Velloso era o subsecretário de Transporte.

Segundo as investigações, ele e Heitor Lopes de Sousa Júnior, diretor da RioTrilhos, participavam de esquema que cobrava propina às empreiteiras interessadas em assumir as obras e prestar serviços na construção da Linha 4.

No acordo de leniência de executivos da Carioca Engenharia, o esquema de corrupção era semelhante ao existente na Secretaria Estadual de Obras, com a cobrança de percentual referente a propina propina de empreiteiras envolvidas em contratos com o Estado.

Os dois são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro. Na operação de terça, a polícia apreendeu dezenas de joias e relógios na casa de cada um.

Velloso era o principal executivo da gestão do deputado federal Júlio Lopes (PP) na Secretaria de de Transporte do RJ. Ele participa do núcleo político do parlamentar. Lopes comandou a pasta durante os governos de Cabral (PMDB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Em 2014, Velloso foi um dos articuladores da campanha do deputado federal.

Após a saída da secretaria, Velloso foi nomeado pelo vice-governador Francisco Dornelles com um cargo dentro da sua estrutura. Tempo depois, ele foi levado para ocupar o segundo posto na Secretaria de Estado de Turismo, onde permaneceu até esta terça (14).

Outra exonerada

Nesta terça, Pezão recuou e exonerou a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB). Ela foi nomeada na segunda (13) para comandar a secretaria estadual de Proteção e Apoio à Mulher e o Idoso.

Solange é ré em processo na Lava Jato e já foi condenada em segunda instância por improbidade administrativa.

Na segunda, Pezão chegou a defender a nomeação da ex-deputada, aliada de Eduardo Cunha (PMDB), preso na Lava Jato.

Segundo o governador, Solange faria um grande trabalho e que o fato de ela responder a acusações não o incomodava.

Ela e Cunha são acusados de terem atuado num esquema de suborno referente a contratos da Petrobras para a aquisição de navios-sonda. Cunha teria recebido R$ 5 milhões em propina.

Na ação, Solange é acusada de ter atuado a mando do ex-deputado para pressionar por meio de um requerimento na Câmara uma empresa que não estava pagando a propina solicitada por Cunha. (Folhapress)

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