19 de novembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 00:26

Petróleo impulsiona mercados; Bolsa sobe 1,85% e dólar cai mais de 1%

A segunda-feira (21) foi marcada pelo maior apetite ao risco nos mercados financeiros mundiais. As principais Bolsas subiram, impulsionadas pela alta de mais de 4% do petróleo. O dólar perdeu força frente à maior parte das moedas.

Os preços da commodity dispararam com expectativas de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) chegue na semana que vem a um acordo para limitar o excesso de oferta mundial.

O otimismo com um possível acordo foi expressado neste fim de semana pelo Irã, considerado até então um dos principais obstáculos para limitar a produção.

Além disso, o Iraque indicou que fará propostas para que um consenso entre os países seja alcançado, e o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia está pronta para congelar a produção.

O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 1,85%, aos 61.070,27 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10,8 bilhões.

Os papéis preferenciais da Petrobras avançaram 7,30%, a R$ 15,58, e os ordinários ganharam 5,11%, a R$ 17,26.

O Ibovespa foi beneficiado ainda pela alta de mais de 5% da ações da mineradora Vale. Os papéis do setor financeiro também terminaram a sessão no campo positivo, com destaque para a valorização de 7,84% das ações do Banco do Brasil, que anunciou um plano de reestruturação.

O índice foi influenciado também pelo exercício de contratos de opções sobre ações, que movimentou R$ 3,28 bilhões.

Em Nova York, também favorecido pela alta do petróleo, o índice S&P 500 ganhava 0,63%, aos 2.196,7 pontos, atingindo novo recorde histórico de pontuação. O índice Dow Jones avançava 0,37% e o índice de tecnologia Nasdaq, +0,80%, ambos também a caminho de recordes históricos de pontos.

Na Europa e na Ásia, as principais Bolsas também subiram.

Câmbio

O forte avanço do petróleo contribuiu para a valorização de moedas de países emergentes como o Brasil, exportadores de matérias-primas.

O dólar comercial fechou em queda de 1,06%, a R$ 3,3520, e a moeda americana à vista recuou 1,15%, a R$ 3,3483.

Segundo Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos, com a alta dos juros americanos em dezembro 100% precificada pelo mercado, o dólar perdeu forças nesta sessão, o que estimulou o maior apetite dos investidores ao risco.

“Ainda persistem muitas dúvidas sobre como será o novo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, mas os mercados resolveram deixar essas preocupações um pouco de lado”, afirma Crespo.

O Banco Central fez nesta segunda-feira a rolagem de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional que vencem em 1 de dezembro, no montante US$ 1 bilhão. A operação equivale à venda futura de dólares.

Com o cenário externo mais favorável, o BC suspendeu os leilões de novos contratos de swap cambial tradicional que vinha fazendo nos últimos dias.

No mercado de juros futuros, as taxas tiveram forte queda, acompanhando a desvalorização da moeda americana.

Folhapress

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