O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (8) que muitos setores da Petrobras deveriam ser privatizados e que toda a empresa pode ser vendida no futuro.
O tucano, pré-candidato à Presidência da República, disse ser “totalmente favorável” a privatizações e defendeu, no caso da empresa de petróleo, a transferência à iniciativa privada das atividades que não constituem seu núcleo central.
“Muitos setores da Petrobras devem ser privatizados. Inúmeras áreas que não são o ‘core’, o centro objetivo da empresa, tudo isso pode ser privatizado. Se tivermos um bom marco regulatório, até pode, no futuro, privatizar tudo”, afirmou, em evento com dirigentes da construção civil, em Brasília.
Alckmin declarou ser contrário à venda de bancos estatais -em especial o Banco do Brasil. Segundo ele, porém, é possível passar parte de suas subsidiárias ao setor privado “para ter mais agilidade”.
“Não pretendo privatizar o Banco do Brasil, […] mas pode ter subsidiária com controle privado. Até porque é importante ter um ou dois bancos públicos, para não depender exclusivamente de bancos privados”, disse, indicando intenção de manter também a Caixa Econômica Federal sob controle estatal.
O discurso enfático do tucano a favor das privatizações ainda no período de pré-campanha, com delimitações sobre a preservação de empresas específicas, é parte de uma estratégia para tentar superar o que considera um tabu no debate sobre as privatizações, que provocou dificuldades a candidatos do PSDB nas disputas presidenciais de 2002 a 2014.
Alckmin quer adotar uma posição mais clara sobre o tema para evitar ataques de adversários ao longo da campanha.
“Eu sou totalmente favorável [às privatizações]. Não tem que ter estado empresário. O governo tem que ter papel planejador e regulador”, disse, em encontro com dirigentes da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). (Folhapress)
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