O presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou nesta terça (2) que a companhia derrubou liminar judicial que suspendeu a venda da área de Carcará, no pré-sal à norueguesa Statoil.
A liminar foi concedida no dia 17 de abril e impedia a Statoil de tomar qualquer decisão de investimento na área -que foi adquirida da Petrobras por US$ 2,5 bilhões.
O negócio foi aprovado pelo conselho de administração da estatal no fim de 2016 e já passou pelo crivo da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Statoil ficou com toda a participação da Petrobras no projeto, que equivale a 66% do consórcio.
“Estamos muito felizes, é uma decisão que libera o operador para ir em frente. Felizmente, a suspensão foi por um período curto a atrasar o projeto”, disse João Carlos de Luca, presidente do conselho de administração da Barra Energia, uma das sócias da Statoil -a outra é a Queiroz Galvão.
A Statoil planeja perfurar este ano um poço em busca de reservas na área, a primeira do pré-sal vendida pela Petrobras em seu plano de desinvestimentos.
A quantidade de liminares contra a venda de ativos da Petrobras vem sendo citada por petroleiras estrangeiras como um dos principais fatores de incerteza com relação ao mercado brasileiro de petróleo.
Parente discursou durante almoço na Offshore Tecnology Conference, feira da indústria do petróleo em Houston, nos Estados Unidos.
Ele fez um balanço da evolução dos indicadores econômicos da estatal e reforçou que a companhia pretende atrair parceiros também para a área de refino, como parte de seu plano de desinvestimentos.
Segundo ele, a companhia espera retomar em breve o programa de venda de ativos, que foi suspenso em dezembro por determinação do TCU (Tribunal de Contas da União). (Folhapress)
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