Reunidos no Instituto Lula, petistas e representantes de movimentos de esquerda elegeram a ministra Cármen Lúcia como alvo na tentativa de obter uma vitória no STF (Supremo Tribunal Federal) para deter a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A estratégia é pressioná-la para que inclua já na pauta do tribunal a ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) que questiona se um réu pode ser preso antes de esgotados todos os recursos disponíveis.
A intenção é que a corte decida-se contra a prisão em segunda instância antes que o juiz Sergio Moro determine sua detenção.
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), foi porta-voz dessa estratégia ao afirmar que a ministra promove por opção pessoal uma instabilidade institucional.
“Consideramos isso uma perseguição política. O uso de um cargo para obter um objetivo que não é republicano”.
O presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, afirmou que o sorriso escrachado de Cármen Lúcia durante o voto da ministra Rosa Weber denunciou suas intenções.
Marinho também criticou o julgamento e a presidente do Supremo, que acusou de ter feito uma grande manobra.
Segundo ele, nesta sexta-feira (6), às 18h, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, haverá um ato com a presença de Lula.
O dirigente afirmou que a ideia é fazer um protesto e vigília permanentes no local, para que militantes possam prestar solidariedade ao ex-presidente e chamar à responsabilidade Cármen Lúcia.
Além da pressão sobre o Supremo, também fixaram como estratégica a reafirmação da candidatura de Lula. (Folhapress)
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