Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation, pediram nesta quinta-feira (25) autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testes em humanos da vacina anti-covid-19 batizada de Versamune-CoV-2F.
A informação foi confirmada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, nesta sexta-feira (25). O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Instituto Butantan comunicou que pediu autorização para testes de outra vacina, a ButanVac.
O imunizante está sendo desenvolvido pelo pesquisador Célio Lopes Silva, professor titular da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. A solicitação apresentada pelo grupo foi para que os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do imunizante possam dar andamento às fases 1 e 2 dos testes clínicos, que envolvem a avaliação em humanos. Marcos Pontes informou que inicialmente serão 360 voluntários.
Perguntado por que o anúncio do governo federal foi no mesmo dia do realizado pelo governo de São Paulo, Pontes disse que é uma “coincidência”. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu estava na expectativa de anunciar. Ia fazer assim que entrassem [com o pedido na Anvisa]. Começaram em fevereiro a apresentar os documentos para a Anvisa. É uma coincidência que ele [governador João Dória] tenha anunciado em São Paulo”, disse o titular do MCTI.
Em rápida entrevista, Marcos Pontes destacou que o ministério vem financiando pesquisas desde fevereiro do ano passado, mas que teve dificuldades para obter novos recursos no fim do ano e em fevereiro, mas remanejou recursos da pasta para o projeto coordenado pelo professor da USP de Ribeirão Preto.
“Em fevereiro uma dessas vacinas se adiantou bastante com a Anvisa. Busquei no MCTI recursos de outros projetos para apoiar os testes clínicos”, disse.
*-Com informações da Agência Brasil
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