A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece em 51%, segundo pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira (17). O índice é o mesmo registrado em agosto, assim como a aprovação, que segue em 46%. Outros 3% dos entrevistados não souberam ou não responderam. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A diferença de cinco pontos entre aprovação e desaprovação é a menor desde janeiro de 2025, quando houve empate técnico (49% desaprovavam e 47% aprovavam). Em maio, a distância chegou ao pico de 17 pontos: 57% de rejeição contra 40% de apoio.
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, a estabilização interrompeu a recuperação da popularidade do governo, iniciada em julho após os efeitos do chamado “tarifaço de Trump”.
Recorte por religião e voto
Entre os católicos, há empate técnico, revertendo vantagem anterior da aprovação. Já entre os evangélicos, Lula continua mais desaprovado (61%) do que aprovado (35%), mas a diferença caiu para 26 pontos, a menor no ano. O petista segue mal avaliado entre quem votou branco, nulo ou não compareceu em 2022: a diferença negativa, que chegou a 38 pontos em maio, agora está em 14.
Renda e escolaridade
No grupo com renda de 2 a 5 salários mínimos, a pesquisa mostra empate técnico entre aprovação e desaprovação. Antes, a avaliação negativa predominava. Por escolaridade, o cenário varia:
- Ensino fundamental completo ou menos: 56% aprovam, 41% desaprovam.
- Ensino médio: 55% desaprovam, 42% aprovam (diferença caiu de 27 pontos em julho para 13 agora).
- Ensino superior: 56% desaprovam e 41% aprovam — a diferença de 15 pontos é menos da metade da registrada em maio (31 pontos).
Resultados por região
A aprovação ao governo Lula é mais alta no Nordeste (60%), seguido por Centro-Oeste/Norte (45%), Sudeste (41%) e Sul (39%). Já a desaprovação é mais elevada no Sul (60%), depois no Sudeste (55%), Centro-Oeste/Norte (52%) e Nordeste (37%).
Metodologia
O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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