23 de dezembro de 2024
Destaque

Pesquisa mostra que mais de 70% dos brasileiros temem uma nova “grande epidemia” no país

Éris - EG.5 oferece baixo risco à saúde (Foto divulgação / ilustração).
Éris - EG.5 oferece baixo risco à saúde (Foto divulgação / ilustração).

Os brasileiros estão temerosos com o futuro sanitário do pais. Pesquisa “World Affairs” feita em 28 nações pelo Instituto Ipsos mostra que 72% das pessoas que vivem no Brasil acreditam que o mundo está mais perigoso e temem uma nova ‘grande epidemia em território nacional.

O brasileiro também sente medo em ser hackeado ou passar por um processo de espionagem digital. São 71% os que temem esse cenário. Já aqueles que têm medo de um possível desastre natural somam 68% dos entrevistados. 8 em cada 10 brasileiros acham que o mundo tem mais perigos em relação a 2020.

A média global (82%) da percepção que o mundo está mais perigoso reflete também a situação do Brasil (83%).  Os colombianos lideram a lista das pessoas que acreditam viver em um mundo mais perigoso, com índice de 91%. Em seguida, estão Peru (90%), Coréia do Sul (88%) e os Estados Unidos (85%). Na outra ponta está a China, com 68% de respostas afirmativas, seguida por Alemanha, Malásia e Itália – todas com 77%.

VEJA AQUI O ESTUDO NA ÍNTEGRA (em inglês)

Confiança

A pesquisa também identificou índices baixos de confiança das pessoas com relação à resposta de seus governos contra as ameaças. Globalmente, 53% acreditam que seu país está mais preparado contra desastres naturais, 51% contra epidemias, 47% contra os ataques terroristas e 46% contra guerra com outros países e contra conflitos armados internos. Já para deter ataques hackers, maior medo global, o índice de confiança para uma resposta do governo é de apenas 45%. No Brasil, o nível de confiança na resposta do governo é ainda pior, ficando abaixo da média global em todos os quesitos sondados.

Economia

Quando o assunto é economia, 79% dos entrevistados defendem o “livre comércio como benéfico” para suas regiões; 78% acreditam que seu país deve trabalhar em conjunto com outras nações e 74% que deve se portar como liderança mundial. Ao mesmo tempo, para 75%, seu país deve dedicar mais esforços internos do que externos. Nestas questões, o Brasil ficou alinhado às médias globais.

Influenciadores positivos

Para 80% dos entrevistados globalmente, o país com mais influência positiva nos assuntos mundiais durante a próxima década será o Canadá. Na sequência, aparecem Alemanha (77%), a França e a União Europeia (72%).

No Brasil, 85% dos entrevistados responderam que a principal influência positiva da próxima década também será o Canadá, seguido pela Alemanha (80%) e a União Europeia (79%). O índice de brasileiros que acreditam no próprio país neste quesito é de 61%.

Futuro

Apesar de o mundo ser considerado um lugar mais perigoso em relação ao último ano, apenas 51% defendem que a saída está em mais investimentos bélicos. No entanto, 61% acreditam ser possível uma nova guerra mundial nos próximos 25 anos.

Para 83%, o mundo precisa de novos acordos globais e instituições internacionais que devem ser liderados por nações democráticas. Pouco mais da metade dos entrevistados (53%) considera que as organizações globais atuais fizeram um bom trabalho até aqui.

Segundo a percepção dos entrevistados, China, Estados Unidos e Rússia lideram a lista de nações com menos possibilidade de cumprir acordos internacionais, com 32%, 24% e 21% das respostas, respectivamente.

Covid-19

Com relação à pandemia do novo coronavírus, a pesquisa aponta que apenas 45% dos entrevistados acreditam que o surto já foi controlado ou será encerrado em breve. No Brasil, o número é ainda menor; 40% das pessoas compartilham desta impressão.


Leia mais sobre: Brasil / Destaque