22 de novembro de 2024
Economia

Pesquisa FGV aponta queda de 0,70% no IGP-M

O Índice Geral de Preços de (IGP-M) influencia diretamente o valor do reajuste de aluguéis
Foto: Marcelo Casall Jr/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Casall Jr/ Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), divulgou hoje (30), dados da pesquisa que aponta queda de 0,70%, em agosto, no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). O índice havia subido 0,21% em julho. A alta acumulada no ano é de 7,63% e em 12 meses está em 8,59%.

Para o coordenador dos índices de preços do instituto, André Braz, a redução do preço dos combustíveis foi um dos principais fatores de impacto na queda dos componentes do IGP-M. “Os combustíveis fósseis – dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria – seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto. No índice ao produtor, as quedas nos preços da gasolina (de 4,47% para -8,23%) e do diesel (de 12,68% para -2,97%) ajudaram a ampliar o recuo da taxa do índice. Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação”, afirmou o coordenador.

Produtor

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também teve redução de 0,71% no mês, depois da alta de 0,21% em julho. A taxa do grupo Bens Finais caiu 0,73% em agosto, após subir 0,69% em julho, por estágio de processamento.

Assim como ocorreu com a queda do IGP-M, a principal influência foi do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 2,39% em julho para -6,38% em agosto. O índice dos Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,12% após alta de 0,81% no mês anterior.

No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2% em julho para -0,76% em agosto, puxada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que variou 9,96% em julho e caiu para -1,55% em agosto.

O índice de Bens Intermediários (ex), que não considera o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou queda de 0,57%, após alta de 0,25% no mês anterior.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa caiu 0,63% no mês de referência, após queda de 2,13% em julho. As principais influências na desaceleração do recuo foram o minério de ferro, que passou de -11,98% em julho para -5,76% em agosto, milho em grão (-5,00% para -1,54%) e algodão em caroço (-14,02% para -4,43%). Tiveram maior variação negativa os itens bovinos (4,43% para -2,01%), café em grão (2,69% para -1,65%) e trigo em grão (2,31% para -4,99%).

Consumidor

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), teve queda de 1,18% em agosto, após cair 0,28% em julho. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, seis tiveram redução nas taxas de variação. A principal influência veio do grupo Transportes, que passou de -2,42% em julho para -4,84%, puxado pela gasolina, que passou de -7,26% no mês anterior para -15,14% em agosto.

Também tiveram desaceleração nas variações as taxas dos grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,86% para -3,07%), Alimentação (1,47% para 0,44%), Comunicação (-0,16% para -0,83%), Vestuário (0,73% para 0,20%) e Habitação (-0,30% para -0,31%).

Os laticínios passaram de 11,16% para 6,45%, a tarifa de telefone móvel foi de -0,04% para -2,40%, os calçados passaram de 0,94% para -0,17% e a taxa de equipamentos eletrônicos registrou 0,38% em julho e -0,41% em agosto.

Por outro lado, tiveram aceleração nas taxas os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,67%) e Despesas Diversas (0,26% para 0,36%), com destaque para os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,43% para 1,07%) e cigarros (1,54% para 2,55%).

(Com informações da Agência Brasil)


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