10 de agosto de 2024
Tecnologia

Pesquisa da UFG refina classificadores de sentimentos nas redes sociais

Uma pesquisa realizada no Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG)  quer criar classificadores novos de sentimentos diferentes dos que estão presentes no mercado das redes sociais. Intitulada de Aplicação de Programação Genética na Análise de Sentimentos, o projeto propõe que a análise de sentimentos na área da informática que busque identificar sentimentos presentes em textos virtuais já que a internet tem se afirmado como um ambiente para debates, opiniões e disseminação de informações.

Essa análise é realizada por meio de algoritmos chamados de classificadores. Apesar de já existirem muitos deles, nem sempre eles são precisos por não conseguirem analisar o contexto do que é publicado. O objetivo é criar classificadores que reconheçam, por exemplo, que a palavra “manga” pode se referir tanto à fruta, quanto à parte de uma camisa. Isso facilita uma análise mais sensível e precisa em relação ao que é publicado.

“A riqueza desse tipo de auxílio é que torna-se possível observar o teor do que é divulgado em meios virtuais, se há preconceito, discurso de ódio, traços de depressão e, também, o que aparece com mais frequência”, afirma o pesquisador responsável pelo estudo, Airton Bordin.

Ele ressalta que o processo é interessante para determinados segmentos da sociedade, por exemplo, para que empresas conheçam a tendência de sentimento do consumidor: o que é bem visto e os produtos que recebem comentários positivos e negativos. “Sabe-se que o ser humano não tem capacidade de analisar essa quantidade de dados gerados, porque são muitos, portanto, ensinar o computador a identificar de forma automática é, além de desafiador, de grande valia à comunicação”, explica Airton.

Programação genética

Para que seja possível o desenvolvimento dos classificadores, é utilizado o aprendizado de máquina, ou seja, uma maneira de treinar o computador, de forma que ele consiga aprender a gerar e generalizar o conhecimento muito semelhante ao ser humano. O computador “aprende” determinado domínio, de forma que ele consiga responder algumas perguntas e auxiliar na classificação de informações por meio desse aprendizado.

Esse treinamento se apoia no uso da programação genética, técnica baseada na teoria de evolução de Darwin, e usa conceitos de cruzamento e mutação. É um algoritmo que se ampara na evolução, acreditando que após ciclos de tentativas, o computador consiga identificar e categorizar automaticamente o que é publicado.


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