O deputado federal pelo PT do Paraná, Dr. Rosinha, é incisivo: “Já negociamos a retirada de jornalistas do relatório da CPMI, a retirada do Procurador da República Roberto Gurgel, mas não há negociações (para a retirada) em relação ao governador de Goiás”.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o petista, que é um dos fundadores do partido, afirmou trabalhar “arduamente” para aprovação do documento elaborado por Odair Cunha (PT – MG).
Segundo Dr. Rosinha, o relator da CPMI fez um dos relatórios mais contundentes da história das comissões da Câmara Federal. “O trabalho de pesquisa e investigação realizado para a composição deste relatório foi gigantesco. Odair não poupou ninguém. Todos aqueles que tinham qualquer indício de envolvimento com a organização criminosa, estão citados”.
Sobre as acusações de possível “perseguição política”, contra Perillo, o deputado ressaltou: “Não há dúvidas. Os áudios, as conversas, as negociações financeiras indicam um relacionamento próximo entre o governador goiano e o contraventor.Além do fato de existirem petistas no mesmo relatório. O prefeito de Palmas é um exemplo”.
Para o deputado, Marconi Perillo deveria estar sendo investigado desde a Operação Vegas. “Se Gurgel não tivesse sentado em cima dos fatos, naquela época, o resultado das eleições do Estado de Goiás seria outro. Possivelmente, nem Marconi nem Demóstenes Torres seriam eleitos”.
A bancada petista e faz campanha aberta pela aprovação do relatório. “A grande questão não é a aprovação por si só, mas o fato político que escancara o jogo criminoso que está no comando político de muitos estados. Marconi, por exemplo, já está sendo investigado pelo STJ, mas precisamos abrir os olhos da sociedade”, concluiu Rosinha.
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