10 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:53

Perda do movimentos das pernas é irreversível, informam médicos sobre adolescente

Diretor Técnico do Hugo, Ricardo Furtado, durante entrevista coletiva nesta quarta, 25.
Diretor Técnico do Hugo, Ricardo Furtado, durante entrevista coletiva nesta quarta, 25.

Uma das balas que atingiu Isadora de Morais, de 14 anos, durante um atentado no Colégio Goyases na última sexta-feira (20) causou uma lesão medular, na décima vértebra torácica, que deixou a adolescente paraplégica. Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (25), os médicos informaram que o quadro é irreversível.

“Esse projétil fez uma lesão da medula, que é o canal que passa dentro da coluna. Ela não move as pernas, em decorrência dessa lesão medular. Em caráter irreversível. Estudos precisam ser feitos, novos exames. Até agora é em caráter irreversível. […] Depois de sair da UTI, ela segue para a reabilitação”, informou Ricardo Furtado, diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Conforme o coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo, Alexandre Amaral, os estilhaços da bala continuam alojados no corpo da jovem. No entanto, não há previsão de retirá-los por agora.

“Com o pulmão ainda não bom, em uma fase traumática, que chamamos de inflamatória […] só poderia vir a trazer algum tipo de prejuízo, porque é um procedimento cirúrgico e tem seus riscos. Então, espera-se passar essa fase e faz isso de forma eletiva ou, às vezes, nem faz. A bala fica lá e não vai ter nenhum tipo de problemas a mais que já tem, no caso da lesão permanente”, explicou Alexandre Amaral.

Os pais de Isadora, Isabel dos Santos e Carlos Alberto de Morais, participaram da entrevista coletiva e falaram como está sendo para a família passar por essas situação.

“Impacto muito grande, principalmente nas primeiras horas. Com toda a certeza do mundo, é uma força que está vindo, e não tem nem como falar para vocês de onde está vindo essa força, mas não está sendo nada fácil. A gente nunca imagina que pode acontecer isso com a gente, a gente vê tantas notícias. Dói demais. Não tem explicação. A gente tem certeza, a cada dia que passa, ela vai voltar pra nossa casa. A primeira coisa que a gente queria é que ela estivesse viva, e Deus nos deu ela novamente”, afirmou o pai.

Apesar da lesão medular, Isadora tem estado de saúde regular, está consciente, orientada e respira sem auxílio de aparelhos. Os médicos informaram que há momentos que existe a necessidade de colocar uma máscara na adolescente para ajudar a manter o pulmão aberto, mas o processo não é feito de forma mecânica.

“Tem momentos que coloca uma máscara que faz uma pressão e mantem os pulmões mais abertos”, disse Ricardo Furtado. Segundo Alexandre Amaral, a máscara faz com que ela respire mais facilmente “não sobrecarregue os músculos que ela tem. Isso pode levar a uma falência respiratória”, informou o coordenador.

Veja vídeo:

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