21 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:27

Pentágono diz que Coreia do Norte deve parar ações que levariam ao fim de seu regime

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, pediu nesta quarta-feira (9) para a Coreia do Norte abandonar a sua corrida armamentista nuclear e afirmou que o país deve parar qualquer ação que levaria ao “fim de seu regime e à destruição de seu povo”.

A declaração é uma das mais fortes de Mattis em relação a Pyongyang. Antes, ele havia dito que os EUA podem responder à Coreia do Norte, mas que qualquer opção militar seria “trágica em uma escala inacreditável”.

“As ações da Coreia do Norte continuarão a ser extremamente incompatíveis com a nossa e o regime [norte-coreano] perderá qualquer corrida armamentista ou conflito que inicie”, disse Mattis em comunicado. “A Coreia deve cessar qualquer consideração de ação que levaria ao fim de seu regime e à destruição de seu povo”.

Segundo Mattis, o Departamento de Estado dos EUA se esforça para solucionar a crise com a Coreia de forma diplomática. Ele ressaltou, entretanto, que os EUA e seus aliados possuem as capacidades defensivas e ofensivas mais “precisas, ensaiadas e robustas na Terra”.

As trocas de ameaças entre os países acontecem após a perspectiva de que a Coreia do Norte atingiu um estágio fundamental para se tornar uma potência nuclear. Nesta terça (8), reportagem do “Washington Post” diz que o governo dos EUA tem a informação de que a Coreia do Norte produziu uma ogiva nuclear miniaturizada, que poderia ser inserida em seus mísseis

Apesar da declaração de Mattis e do avanço norte-coreano, funcionários norte-americanos citados pela agência de notícias Reuters dizem que, por enquanto, a avaliação da ameaça norte-coreana não mudou.

Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, negou que a Coreia do Norte seja uma ameaça iminente. Ele respondeu às declarações do presidente Donald Trump de que os norte-americanos vão responder às ameaças norte-coreanas com “fogo e fúria”.

Os EUA têm 28.500 soldados em posição estratégica na Coreia do Sul. O Japão, por sua vez, abriga cerca de 54 mil militares norte-americanos, segundo o Departamento de Defesa do país. (Folhapress)

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