O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou nesta quinta-feira (25/07) que retomará a execução de condenados à pena de morte por tribunais federais, após 16 anos de suspensão. Cinco presos devem executados a partir de dezembro deste ano.
Em 2018 foram 25 execuções, mas todas levadas a cabo por autoridades estaduais. A última execução pelo governo federal ocorreu em 2003.
O procurador-geral do país, William Barr, disse que a retomada das execuções visa “fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis”. E ainda completou: “O Departamento de Justiça respalda o Estado de direito e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta pelo nosso sistema de justiça”.
A decisão foi transmitida ao Federal Bureau of Investigation (FBI) e já foi feito o pedido para que programe as execuções de cinco presos que foram condenadas à morte por assassinato, por crimes de tortura e estupro contra crianças e idosos.
O Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e Mississipi, implementar esta pena. Em 1988, o Congresso americano aprovou ainda uma lei que permitia executar algumas pessoas condenadas por crimes relacionados às drogas. (As informações são da Agência Brasil).
Depois de uma execução fracassada, em 2014, o na época presidente Barack Obama pediu ao Departamento de Justiça para conduzir revisões aos programas de execução de pena de morte.
Novo procedimento
A revisão foi concluída e as execuções podem ser retomadas afirma o Departamento de Justiça. Além disso, um novo procedimento foi aprovado para injeções letais que substitui o coquetel de três drogas usado anteriormente por uma substância única. O método é semelhante ao usado em vários estados, como Geórgia, Missouri e Texas.
Hoje, são 61 pessoas no corredor da morte a nível federal. Entre os condenados estão o autor do atentado à Maratona de Boston em 2013, Dzhokhar Tsarnaev, e o atirador de Charleston, Dylann Roof, que matou nove pessoas no ataque à Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em junho de 2015.
O presidente americano, Donald Trump, é defensor da pena de morte e já chegou a sugerir que os Estados Unidos deveriam adotar leis mais severas sobre o tráfico de drogas citando como exemplo as Filipinas, onde desde a eleição de Rodrigo Duterte milhares de suspeitos de tráfico estão sendo executados pela polícia.
(Com informações da Agência Brasil).
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