Não importa qual fase, não importa a importância, nem se uma equipe foi melhor que a outra. O resultado que parece perseguir o clássico entre Atlético e Goiás é mesmo o empate. Pela oitava vez seguida, os rivais empataram, dessa vez por 0 a 0, e deixam tudo indefinido para o 2º jogo da decisão do Goianão, no próximo domingo. Melhor para o Goiás, que pode empatar, mais uma vez, e levantar o tricampeonato.
{youtube}J_4UMqZVBl0{/youtube}O Jogo
Nos primeiros 10 minutos, o Goiás “deixou” o Atlético gostar do jogo, tanto que só ficava estudando o posicionamento adversário. O Dragão, como quem não quer nada, teve duas chances consideráveis: primeiro aos três minutos, quando Thiago Feltri cruzou rasteiro e Pedro Henrique cortou quase colocando contra o patrimônio; depois, aos sete, Jorginho, sozinho, poderia cabecear para o gol, mas preferiu ajeitar para Viçosa, que não alcançou.
A partir daí, o Goiás começou a assustar, e muito. Aos 12min, Thiago Mendes lançou Ramon na direita, o meia entrou na área, mas na hora de bater cruzado, tentou servir Araújo, mas a zaga cortou para escanteio. Na cobrança, Pedro Henrique cabeceou colocado e a bola, caprichosamente, bateu na trave direita antes de sair. Apesar de um pouco amarrada, a partida não era truncada e recheada de faltas, como em outros duelos. O primeiro cartão saiu apenas aos 18min, e por simulação de Araújo.
O Atlético, que parecia assustado com a força do meio-campo esmeraldino, resolveu usar a melhor arma que tem: a velocidade nas pontas. Primeiro, aos 27min, foi com Juninho pela direita, que cruzou, a bola desviou e sobrou no ar para Fábio Lima, que tentou um voleio, mas a bola passou acima do gol.
Logo depois, aos 30min, foi com Jorginho na esquerda, que rolou para trás para batida de Fábio Lima, a bola desviou em Juninho e Renan salvou. Na volta, novamente Juninho bateu, mas o goleiro do Goiás, como um goleiro de handebol, salvou a lavoura. A última chance foi esmeraldina. E que chance. Aos 45min, Rychely cruzou, Araújo, livre, chutou para o gol e quando saia pra comemorar, Artur surgiu para tirar em cima da linha.
2º tempo
O Goiás voltou do intervalo com o meia Carlos Alberto no lugar de Ramon, que sentiu dores no adutor da coxa. Só que o meia, principal contratação da temporada, demorou a entrar no ritmo da partida, tanto que o Goiás não conseguiu manter a mesma pegada. E até por isso, o pique do jogo também não foi o mesmo. Do lado rubro-negro, isso ficou provado com dois chutes bisonhos de Fábio Lima e Junior Viçosa, antes dos primeiros dez minutos.
O primeiro chute da etapa final veio aos 15min, quando Rychely tentou jogada individual e bateu cruzado, mas Márcio, em dois tempos, fez a defesa. Quem também tentou jogada individual foi o meia Carlos Alberto, e depois de tanto errar e perder a bola, começou a ser vaiado pela própria torcida esmeraldina. Pra pior, Carlos Alberto se incomodou e fez gestos para o torcedor, como quem pedia mais vaias e dizia não ligar.
Sem produção ofensiva dos dois lados, os treinadores tentaram mudar: do lado rubro-negro, Felipe Brisola e Diogo Campos nos lugares de Fábio Lima e Juninho, enquanto que do lado esmeraldino, Erik entrou na vaga de Rychely. Foi de Erik, inclusive, a única grande chance da etapa final “sonolenta”. Aos 38min, o garoto recebeu passe de calcanhar de Thiago Mendes e chutou de esquerda, mas a bola saiu fraca e Márcio pegou.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO–GO 0 X 0 GOIÁS
Local:Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Horário:16h
Árbitro:André Luiz Castro
Assistentes 1:Cristhian Passos e Bruno Pires
Público e Renda:
Cartões Amarelos:
ATLÉTICO-GO:Márcio; Pedro Bambu, Artur, Lino e Thiago Feltri (Victor Oliveira); Renan Foguinho, Léo, Jorginho e Fábio Lima (Felipe Brisola); Juninho (Diogo Campos) e Júnior Viçosa
Técnico:Marcelo Martelotte
GOIÁS:Renan; Vitor, Jackson, Pedro Henrique e Lima; Amaral, David, Thiago Mendes e Ramon (Carlos Alberto); Araújo e Rychely (Erik)
Técnico:Claudinei Oliveira
(Texto publicado originalmente no Portal 730 )
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