O Ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu que as praias brasileiras deveriam ser vendidas e afirmou que o país sofre de um “caso clássico de má gestão”. Em entrevista concedida ao Flow Podcast, na noite de ontem (27), Guedes defendeu a venda dos patrimônios naturais do Brasil para estrangeiros pelo valor de U$ 1 bilhão e criticou as leis brasileiras.
Para citar o que o Ministro chama de “má gestão”, Guedes usou de exemplo o interesse de venda das praias brasileiras. “Tem trilhões de ativos mal usados. Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil. Quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: ‘Vem cá, vamos fazer o leilão dessa praia?’. Não, não pode. ‘Por quê?’. ‘Isso é da Marinha’”, disse Guedes.
A venda de praias ou espaços públicos não possuem amparo legal e ferem a Constituição Brasileira. As praias são bens de acesso livre e pertencem à União, portanto, não podem ser privatizadas. Esse tipo de transação é comum em alguns países da Europa, em que a entrada de turistas e banhistas em praias privatizadas é cobrada.
A declaração polêmica repercurtiu nas redes e logo se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter. O candidato a deputado federal por São Paulo, e ex-candidato à presidência em 2018, Guilherme Boulos, foi um dos que se manifestaram negativamente sobre a fala de Paulo Guedes. “BRASIL À VENDA: Paulo Guedes quer vender praias brasileiras para empresas estrangeiras por 1 bilhão de dólares. Essa turma simplesmente odeia o Brasil!”, afirmou Boulos.
No encerramento da entrevista, transmitida ao vivo pelo Youtube do Flow Podcast, o Ministro da Economia ainda pousou para as câmeras fazendo o “V” com as duas mãos, sinalizando o 22, número do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL). “Vencemos a guerra da vacina e vamos vencer a guerra econômica também. Dois e dois, vamos vencer as duas. É 22!”, declarou Guedes.
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