Após a polêmica gerada, desde janeiro deste ano, sobre a possível municipalização dos serviços de água e esgoto na Capital, atualmente sob a responsabilidade do Estado, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), recua e diz que o diálogo é a melhor saída.
O que está em jogo é o rompimento da concessão da Saneago.
Uma comissão de estudos, liderada pelo vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB), repassou, na última semana, um relatório detalhado para a prefeitura com a avaliação dos serviços de saneamento.
Segundo Agenor, a empresa não está atendendo às necessidades da cidade e citou, como exemplo, a falta da universalização do serviço de água e esgoto.
A decisão oficial da prefeitura não foi apresentada, mas Paulo Garcia adiantou que o fim da licença seria uma decisão radical e pouco provável.
“O que queremos é melhorar estes serviços para os goianienses. Vamos cobrar o que está estipulado no contrato. A opção mais radical, de cancelamento do contrato, que não deixa de ser real, ainda poderá ser analisada, mas, inicialmente, estamos dispostos ao diálogo. Acredito que é a melhor saída e que o bom senso prevalecerá”, afirmou o petista durante entrevista coletiva no Mercado de Campinas.
O prefeito lembrou ainda que Goiânia é um município arrecadador e que alguma atitude deve ser tomada para que toda a população seja atendida com eficiência.
O presidente da Saneago, José Gomes, informou que participará, nesta semana, de uma audiência com o prefeito de Goiânia para chegaram a uma conclusão definitiva.
Segundo o presidente, o fim do contrato pode gerar uma multa de R$ 1,9 bilhão para a prefeitura da Capital.
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