A Força Sindical promove ato, desde as 9h de hoje (1º), na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista, para marcar o Dia do Trabalho. Com o tema Gerar emprego e garantir direitos, lideranças da central sindical fazem críticas ao governo de Dilma Rousseff.
O presidente da entidade e deputado federal Paulinho da Força (SP) discursou no palco montado no local e disse que, além de uma crise econômica, o país passa por uma crise política. Paulinho da Força também criticou a decisão de Dilma Rousseff de anunciar reajuste no benefício do programa Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física em ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
“Esse aumento deveria ter sido feito antes, agora parece um pouco de vingança com o novo governo. Como ela está de saída, nos parece que ela está fazendo uma vingança e uma tentativa de sabotar o próximo governo [de Michel Temer] portanto é uma coisa que não podemos aceitar”, disse o presidente sindical. “Embora a gente queira a correção da tabela do Imposto de Renda, é bom lembrar que o Imposto de Renda, eles estão nos devendo 72% e não 5%”, disse Paulinho.
PSDB
O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que participou do ato da Força Sindical, disse que os reajustes são justos e merecidos, mas acrescentou que “o sentimento que passa é de que realmente ela deseja atrapalhar mais uma vez”. Ele, que se referiu ao vice-presidente Michel Temer como “presidente”, disse que não conhece ainda as propostas do vice, caso ele assuma a Presidência da República.
“Acho que ele vai lançar [as propostas] na hora oportuna, aliás, quanto a isso, o presidente Temer tem sido muito cauteloso. Tem que ser, porque o Senado ainda não fez o afastamento definitivo, mas, assim que for feito, vai anunciar a equipe e também as propostas que certamente vão atender a população”, disse o deputado
Segundo Imbassahy, o PSDB vai decidir ainda se aceitará cargos em um possível governo de Temer. Na próxima terça-feira (3), o partido realiza uma reunião da Executiva nacional em Brasília.
Questionado sobre medidas que podem ser adotadas por Temer e que podem significar prejuízo aos trabalhadores, Imbassahy disse que isso é preocupante e que tudo que for “inerente a direito do trabalhador tem que ser preservado. Porém, acrescentou que “o país tem que fazer reformas, tem que avançar, não há dúvida nenhuma”.
Após o ato político, foram realizados shows com artistas populares.
Leia mais sobre: Economia