Patricia Bullrich tomou a decisão e informou, nesta quarta-feira (25), que apoiará Javier Milei no 2º turno das eleições presidenciais da Argentina. Ela, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, tem um eleitorado que pode fazer a diferença no dia 19 de novembro, quando Milei, candidato do La Libertad Avanza, disputa a Presidência contra Sergio Massa, do partido Unión por la Patria.
Vale lembrar que Patricia Bullrich, que recebeu 6,2 milhões de votos no primeiro turno, no último domingo (22), afirmou que a “urgência do momento” a “desafia a não ser neutra”. “A Argentina, do nosso ponto de vista [seu partido Juntos por el Cambio], não pode reiniciar um novo ciclo kirchnerista liderado por Sergio Massa”, continuou.
Com esse discurso e se conseguir conduzir seu eleitorado, ela pode realmente ajudar com que Javier Milei, chamado de Bolsonaro da Argentina, seja eleito. Mesmo que no primeiro turno o candidato governista e atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, tenha ficado em primeiro lugar com 36,68% dos votos e Milei com 29,89%, a diferença de votos entre os dois é de apenas 1,8 milhão.
Se isso se concretizar, as eleições tomariam um rumo diferente do que foi no Brasil, quando a terceira mais votada nas eleições de 2022, Simone Tebet, considerada de Centro e uma “terceira via”, preferiu apoiar o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que tende à esquerda. Lula, que foi o mais votado no primeiro turno, assim como massa, foi eleito, derrotando o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com a CNN, os dois partidos confirmaram Milei e Bullrich se encontraram presencialmente na madrugada desta quarta-feira (25). “A reunião teria ocorrido com a presença e na casa do ex-presidente argentino Mauricio Macri, do mesmo partido de Bullrich”, publicou a CNN.
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