11 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 10:14

Passagem de ônibus na Grande Goiânia sobe para R$ 4,00

Reunião ocorre no Paço Municipal (Foto: Samuel Straioto)
Reunião ocorre no Paço Municipal (Foto: Samuel Straioto)

A partir da próxima quarta-feira (24), começa a valer o novo valor da passagem de ônibus em toda a região metropolitana de Goiânia: R$ 4,00. O aumento tarifário foi oficializado nesta segunda-feira (22), em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), realizada na sede da prefeitura da capital na tarde desta segunda-feira (22).

O Diário de Goiás transmitiu ao vivo a reunião.

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Tarifa

A proposta inicial encaminhada pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) era de que a tarifa fosse de R$ 4,05. O órgão que tem como atribuição fiscalizar o serviço prestado pelas empresas fez uma defesa da aplicação do aumento.

Após a apresentação de técnicos da CMTC, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) argumentou que o melhor seria o reajuste ficar em R$ 4,00. A proposta foi acatada por quase todos os membros da CDTC. Os únicos que votaram contra o aumento foram: Clécio Alves (MDB), vereador por Goiânia e Marlúcio Pereira (PSB), deputado estadual.

Questionado pelo Diário de Goiás se o valor é justo, o presidente da CDTC e prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB) disse que a atualização tarifária cumpre o contrato firmado entre o poder público e as empresas de ônibus.

“Esperamos que o transporte possa melhorar. Claro que com dois anos sem reajuste, os membros entenderam que não é possível se discutir novas melhorias, sem que reajustasse, pois houve aumento no preço do petróleo, salários e outros custos”, declarou.

Em 2017 não houve repasse de aumento para o usuário. Vale ressaltar que o governo do estado absorveu o reajuste, subsidiando com recurso público, com dinheiro dos impostos recolhidos junto à população, mantendo o valor em R$ 3,70.

Qualidade

A discussão sobre a qualidade do sistema ficou para um segundo momento. No ano passado, a presidência da CDTC se comprometeu que as reuniões seriam abertas e realizadas se possível a cada dois meses.

Recentemente o Diário de Goiás informou que em 2017, ocorreram apenas duas reuniões. Uma na manhã do dia 18 de maio em que houve um encaminhamento para que a tarifa ficasse em R$ 3,70. A discussão foi realizada na sede da Associação Comercial e Industrial de Aparecida (ACIAG).

A segunda na tarde do dia 12 de junho, no plenário da Câmara Municipal de Goiânia. Na ocasião, houve a confirmação do valor de R$ 3,70. O prefeito Gustavo Mendanha discordou que a CDTC se reúne apenas para debater reajuste tarifário. Ele voltou a prometer que haverá debates mais constantes sobre a qualidade do sistema.

Durante a reunião, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, declarou que o transporte está numa condição ruim. Ele afirmou que não é o aumento tarifário que vai resolver deficiências no sistema metropolitano. Iris destacou que é preciso discutir a questão com mais profundidade.

“Não é esse reajuste que vai resolver. Temos que debruçar mesmo, porque o que está aí não está bom”, afirmou. Iris disse que empresas e poder público não tem cumprido com as obrigações.

O prefeito da capital ainda declarou que tem conversado com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), para que mais linhas sejam criadas entre as cidades da Região Metropolitana de Goiânia.

Melhorias

No dia 18 de maio de 2017, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (PSD) havia dito que 500 abrigos de ônibus seriam colocados na Grande Goiânia. Os pontos não foram colocados. O secretário está em viagem ao exterior. Ele enviou representante a reunião. O assunto não foi tratado.

Já Divino Lemes (PSD), prefeito de Senador Canedo, disse que o Município iniciou um trabalho de manutenção nos pontos de ônibus da cidade.

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, argumentou que abriu licitação para que sejam colocados no município 150 abrigos de ônibus. A promessa também foi feita em 2017.

O presidente da CMTC, Fernando Meirelles voltou a reclamar em entrevista que os prefeitos das cidades que fazem parte da Região Metropolitana de Goiânia não tem ajudado em praticamente nada na manutenção do transporte coletivo. Porém na reunião, ele não fez essa cobrança de uma forma mais enfática aos prefeitos.

Fernando Meirelles argumentou que tem feito cobranças constantes as empresas para que elas prestem um serviço de qualidade. “Isso é um serviço que é feito diário pela CMTC”, destacou.

Assim que assumiu o cargo de presidente da CMTC, no início do ano passado e nas duas reuniões da CDTC que ocorreram no ano passado, Fernando Meirelles havia dito que em breve a população iria ver melhorias no sistema. Questionado pelo Diário de Goiás se não seria apenas uma repetição de promessas, o gestor entende que o órgão tem promovido ações.

Ele argumentou que ainda neste primeiro semestre serão instituídas mais 11 novas linhas de ônibus em Goiânia e Aparecida, com novos veículos, com Wifi e com ar condicionado. A compra de novos ônibus é de responsabilidade das empresas. A frota que circula na Grande Goiânia é do ano de 2008.

“São novas linhas, com nova roupagem. Isso vocês tomarão conhecimento. Em breve”, declarou.

Linhas de ônibus

 O presidente da CDTC, Gustavo Mendanha, afirmou que se num prazo de seis meses não houver criação de linhas de ônibus em Aparecida, ele pretende abrir nova licitação para que se faça o transporte interbairros na cidade.

“Se em seis meses não forem abertas novas linhas de ônibus em Aparecida, tão solicitadas por mim, que são as linhas que farão o transporte interbairros e a criação da sub companhia de Aparecida, nós estaremos fazendo uma nova licitação para o transporte interbairros da minha cidade”, afirmou.

Estudos

O representante da Câmara Municipal de Goiânia na CDTC, vereador Clécio Alves (MDB), fez proposta para que em um primeiro momento as prefeituras assumam os terminais e posteriormente se faça a terceirização deles. Para o parlamentar, ao tirar a responsabilidade das empresas de transporte e repassar a outras áreas da iniciativa privada, os serviços poderiam ser de mais qualidade.

O repasse para as prefeituras foi rejeitado pelos membros da CDTC. Mas houve o compromisso de analisar a terceirização dos terminais e ainda dos pontos de ônibus, conforme debateu o deputado Marlúcio Pereira. O parlamentar sugeriu que empresas pudessem ficar responsáveis por fazer a propaganda em abrigos, e com isso ficariam responsáveis por colocar as estruturas e por mantê-las.

City Bus

Não foi destacado na reunião como ficará o valor da passagem no City Bus. O presidente da CMTC, Fernando Meirelles foi questionado sobre o assunto em entrevista, mas disse que iria responder depois. A assessoria da CMTC foi procurada pelo Diário de Goiás, mas não soube informar como ficará o valor da passagem no City Bus.

Em dez anos a passagem de ônibus na Grande Goiânia subiu R$ 2,00

-2008 Passagem custava R$ 2,00

-2009 Passagem subiu de R$ 2,00 para R$ 2,25

-2010 Passagem ficou mantida em R$ 2,25

-2011 Aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50

-2012 (Aumento de R$ 2,50 para R$ 2,70- valor começou a ser aplicado em 20 de maio)

-2013 (Congelamento do valor da passagem em R$ 2,70, oficializado em 19 de junho)

-2014 (Aumento de R$ 2,70 para 2,80- valor começou a ser aplicado em 3 de maio)

-2015 (Aumento de R$ 2,80 para R$ 3,30- valor começou a ser aplicado em 16 de fevereiro)

-2016 (Aumento de R$ 3,30 para R$ 3,70- valor começou a ser aplicado em 6 de fevereiro)

-2017 (Congelamento do valor da passagem em R$ 3,70, discutido em 18 de maio e confirmado em 12 de junho)

Como votaram os representantes da CDTC?

11 membros integram a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC):

Apenas Clécio Alves (MDB), vereador por Goiânia e Marlúcio Pereira (PSB), deputado estadual votaram contra o aumento da passagem de ônibus. O prefeito Iris Rezende e o secretário Agenor Mariano saíram mais cedo da reunião, mas foram favoráveis ao reajuste da passagem. O secretário Vilmar Rocha não compareceu à reunião, mas enviou representante. O prefeito Gustavo Mendanha só votaria em caso de empate.

Fazem parte da CDTC:

— Prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha

— Prefeito de Goiânia, Iris Rezende (Saiu mais cedo da reunião)

— Secretário de Estado de Meio Ambiente, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (Não compareceu, mandou representante)

— Prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes, representante dos demais prefeitos da Região Metropolitana

— Deputado estadual Marlúcio Pereira, representante da Assembleia Legislativa

— Vereador Clécio Alves, representante da Câmara de Goiânia

— Presidente da Agência Goiana de Regulação, Ridoval Chiarelotto

— Secretário municipal de Planejamento e Habitação, Agenor Mariano (Saiu mais cedo da reunião)

— Secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia, Fernando Santana

— Presidente da CMTC, Fernando Meirelles

— Vereador por Trindade, Agneuson Alves, representante das Câmaras Municipais da Região Metropolitana

 

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