Nestas eleições, os partidos que mais lançaram candidatos à Câmara dos Deputados foram o PTB, PP e PL. O número de candidaturas foi três vezes maior do que da eleição passada, em 2018. Os partidos Solidariedade, PSC, PSD e Republicanos quase que dobraram o número de candidatos.
Na contramão, os partidos de esquerda, Rede, Psol, PV e PCdoB optaram por diminuir o número de candidaturas. Desta vez, o PT também reduziu o número de candidatos, ao contrário de outros partidos de esquerda, PDT e PSB, que aumentaram o número.
O quadro eleitoral é resultado de mudanças que ocorreram no sistema partidário desde a última eleição. Os partidos que mais cresceram, também foram os que tiveram maior aumento de deputados em exercício.
Na lista de partidos que tiveram aumento significativo estão o PL, que contava com 33 deputados em 2019, na data da posse, e hoje está com 77 parlamentares, 44 a mais. Já o PP, passou de 38 para 58, ganhando 20 novos deputados filiados. As únicas exceções na lista são do PTB e do Solidariedade, que perderam deputados em relação a data da posse, em 2019.
Outra mudança que impactou o quadro eleitoral foram as incorporações e fusões de partidos. De 2019 para cá, o número de legendas políticas reduziu de 35 para 32. O PCdoB incorporou o PPL, o Patriota incorporou o PRP, Podemos incorporou o PHS e União é a fusão do DEM e PL.
Por conta das novas regras eleitorais, legendas que passaram por incorporação e fusão tiveram que reduzir o número de candidatos. O número máximo de candidatos ao cargo Legislativo foi limitado pelo número de vagas no estado, mais uma. Se o estado tiver 30 vagas para deputado federal, por exemplo, cada partido poderá apresentar até 31 candidatos.
Anteriormente, o número de inscrições para o cargo poderia ter até 200% do número de vagas. De acordo com o exemplo de 30 vagas, isso significaria até 60 candidatos por partido.
Novas Regras
As estratégias dos partidos também foram afetadas por novas regras eleitorais. Esta eleição será a primeira sem coligações para a Câmara dos Deputados. Esse detalhe dificulta as chances para partidos menores elegerem candidatos.
A tática de alguns partidos foi formar federações partidárias: PT-PCdoB-PV, PSDB-Cidadania e Psol-Rede. A diferença é que nessa modalidade, as federações devem durar até o fim dos mandatos, enquanto que na coligação, a natureza era apenas eleitoral.
Dentre as mudanças também estão o aumento do número para alcançar a cláusula de barreira, necessário para obter acesso ao Fundo Partidário e a distribuição de sobras para definição das cadeiras na Câmara. A partir desta eleição, apenas partidos que alcançarem 80% do quociente eleitoral e candidatos que obtiverem 20% desse quociente poderão participar do rateio.
(Com informações de Agência Câmara)
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