22 de dezembro de 2024
Neutralidade

Partido de Gustavo Mendanha defende posição “Nem Lula, nem Bolsonaro”

Apesar da decisão da legenda, o presidente da sigla em Goiás, Jorcelino Braga garante que ex-prefeito de Aparecida terá liberdade em pedir votos para quem quiser
Gustavo Mendanha, no ato de filiação ao Patriota. Ao lado dele, a esposa, Mayara Mendanha e o presidente estadual da sigla, Jorcelino Braga (Foto: Divulgação)
Gustavo Mendanha, no ato de filiação ao Patriota. Ao lado dele, a esposa, Mayara Mendanha e o presidente estadual da sigla, Jorcelino Braga (Foto: Divulgação)

De olho em eleger o maior número de parlamentares para a Câmara dos Deputados, o Patriota, legenda que pavimenta a pré-candidatura do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha ao Palácio das Esmeraldas, decidiu fugir da polarização “Lula versus Bolsonaro” e adotou posição de neutralidade diante do apoio nas eleições presidenciais. 

Mesmo assim, Mendanha que já declarou apoio ao presidente da República poderá pedir votos a Jair Bolsonaro (PL). “Se ele escolher pedir, sem problema nenhum. Tá autorizado”, garante o presidente estadual do Patriota, Jorcelino Braga ao Diário de Goiás nesta quarta-feira (06/04). 

A decisão do partido não interfere estadualmente e Mendanha poderá seguir o rumo que quiser. “Hoje ele declara o voto [a Bolsonaro]. O partido é um partido de centro pelo estatuto dele. Isso não muda nada. Acho que o cenário nacional não interfere em eleição local, pelo menos até hoje não nunca interferiu, pode ser que essa eleição seja diferente, mas nós entendemos que isso não prejudica a candidatura dele”, pontua.

De acordo com Braga, a decisão de se manter neutro partiu da executiva nacional do partido, de olho em aumentar a bancada de deputados federais da legenda. “Eu sou secretário-nacional do partido e nós decidimos que o partido não iria apoiar nenhum presidente da República porque o objetivo maior do partido neste momento é fazer deputados federais e a gente entende que deixar cada estado escolher seu caminho é a melhor forma, então, cada estado deve escolher o seu candidato”, pontuou.

Braga também considera que o pontapé inicial da pré-campanha mendanhista desde a filiação do ex-prefeito foi muito boa. O sprint veio com todo o gás. Mais de 2 mil filiações desde o sábado (02/04) até aqui. “Uma receptividade muito grande e boa da população. Muita ligação e filiação. Para se ter uma ideia, nós já tivemos mais de 2 mil filiações desde a vinda do Gustavo para cá. O Patriota tem crescido muito. No estado inteiro, tem muita gente ligando e querendo fazer parte do partido, querendo se filiar, uma situação bastante promissora”, destacou.

Possível aproximação com partidos de centro-esquerda

Braga age com parcimônia para comentar sobre alianças partidárias que irão caminhar com o Patriota. Por ora, apenas o DC, o Agir (antigo PTC) e o PMN cravam os devidos apoios a Gustavo Mendanha. “Temos conversado com outros partidos. Agora para frente é que começa a discussão para montagem da chapa majoritária que temos até as convenções para resolver isso”, salienta.

Questionado se a legenda poderia ter ao seu lado partidos de centro-esquerda, como o PSB de Elias Vaz e do ex-governador José Eliton, Jorcelino também pontuou que o assunto passa por “construção”. “Esse é um assunto que tem de ser construído. O Elias é meu amigo pessoal, tenho carinho e respeito por ele. Mas esse é um assunto que para a formação de chapa, tem de ser construído e nós temos até as convenções para construir isso”, destacou defendendo que no primeiro turno, o maior número de legendas lancem seus respectivos candidatos.

“Nós defendemos do partido que se lance o maior número de candidatos a governador. No primeiro turno, quanto mais candidatos tiver, mais salutar é. No segundo turno, é outra eleição. Se você me perguntar, acho que todos os partidos têm de lançar candidatos”, concluiu.


Leia mais sobre: / / / / Política