A sessão com participação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na CPI do MST terminou após um bate boca do gestor com o deputado federal Paulão, do PT. O atrito que ocorreu antes das 18h abriu cainho para que o presidente da Comissão, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), encerrasse a sessão.
O petista relatou que o governador havia sido “infeliz” ao associar o MST ao narcotráfico e a chamá-lo de “facção criminosa”. Caiado por algumas vezes fez essas associações repetidas vezes, sugerindo inclusive, que os parlamentares investigassem origem e pudessem tipificar os crimes cometidos pelo movimento, ao relatório final.
Mas o que deixou Caiado incomodado foi Paulão ter citado o ex-senador Demóstenes Torres, em um episódio que ocorreu em 2012 quando Torres disse que Carlinhos Cachoeira havia financiado campanhas do governador de Goiás.
Caiado pediu respeito e disse que aquele assunto não era o alvo do requerimento que o deputado federal Gustavo Gayer (PL) havia feito para convidá-lo a CPI. Irritado, disse que o petista não tinha moral para falar dele e que quem teve relações com Carlinhos Cachoeira. “Carlinhos Cachoeira é relação sua. Financiava o PT lá de Goiás”, disparou.
O governador continuou antes de sair. “Eu exijo de vossa excelência respeito. Eu nunca lhe dirigi vossa excelência de maneira desvairosa. Vossa excelência, calado que eu estou falando agora.” E disparou: “Você aqui não tem moral para se dirigir a mim. Não entre no CPF da pessoa, você não me conhece, não sou da sua laia e não participo das suas bandalheiras.”
Em meio à confusão, o presidente da CPI, tenente-coronel Zucco (Republicanos) até tentou apaziguar a situação, mas como o bate-boca prosseguia, finalizou a sessão.
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