17 de dezembro de 2024
Destaque 2

Parlamentares pedem ao STF liminar para garantir que Braga Netto dê explicações sobre “farra da picanha” nas Forças Armadas

Elias Vaz quer ir ao Supremo para que Braga Netto explique gastos superfaturados com carne e bebidas pelas Forças Armadas (Foto: Will Shutter)
Elias Vaz quer ir ao Supremo para que Braga Netto explique gastos superfaturados com carne e bebidas pelas Forças Armadas (Foto: Will Shutter)

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) protocolou, na noite desta sexta-feira (16/04) em conjunto com parlamentares de sua legenda, no Supremo Tribunal Federal pedido de liminar contra a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que anulou a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, pela Comissão de Fiscalização e Controle. 

Para Vaz, a decisão mostra o autoritarismo na condução do parlamento por Arthur Lira. “A decisão unilateral de Lira fere a Constituição, que é clara ao garantir aos deputados a prerrogativa de convocar ministros. Não podemos ficar à mercê das vontades do presidente, a lei deve prevalecer, doa a quem doer”, afirma Elias Vaz. 

Na última quarta-feira (14/04), o presidente da Câmara passou por cima da decisão legítima da Comissão e anulou a convocação do ministro da Defesa para explicar os processos de compra de picanha, cerveja, uísque, bacalhau, filé e salmão para as Forças Armadas, com indícios de superfaturamento

O autor do requerimento de convocação foi o deputado Elias Vaz. Ele esclarece que a ação de Lira desrespeita o próprio Regimento da Câmara. Documento protocolado pelo presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Áureo Ribeiro (SDD-RJ) na Câmara reforça que a aprovação do requerimento foi um ato jurídico perfeito, inclusive com toda a transcrição da taquigrafia. O documento relata que a convocação foi aprovada no dia 31 de março. O requerimento inicial continha o nome do ex-ministro, Fernando Azevedo e Silva.  

Com a troca de ministros feita pelo governo, quando foi iniciada a votação, o deputado Elias Vaz solicitou ao presidente da Comissão a supressão do nome de Azevedo e a manutenção apenas do cargo de ministro da Defesa. O pedido foi aceito e a convocação aprovada com a retificação. “A base do governo cochilou e agora Lira usa argumentos que não se sustentam juridicamente para justificar a anulação e proteger o ministro. Isso é inadmissível!”, destaca Elias Vaz.


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