Em evento que marcou um ano do governo de Michel Temer, parlamentares destacaram uma “nova relação” entre o Congresso e o Palácio do Planalto. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que o diálogo entre o Executivo e o Legislativo vem ajudando o país a “avançar nos dois maiores desafios da atualidade”.
O tucano, que representou o Senado na ausência de Eunício Oliveira (PMDB-CE), titular da Casa, disse que o Brasil tem hoje dois principais desafios: reduzir o gasto público e conquistar ganho em produtividade.
Cunha Lima listou matérias aprovadas ou que estão em tramitação, como a PEC do teto dos gastos e a agenda de reformas.
Em tom elogioso, ele disse ainda que o governo Temer é “corajoso” e que um dos adjetivos que não podem ser usados para descrever o trabalho do Planalto é “populista”. “O governo governa. Algo que não se via há muito tempo no Brasil. Existe rumo, existe direção. Algo que nos trará um futuro melhor.”
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a aprovação das reformas previdenciária, trabalhista e política. O deputado repetiu o elogio feito por Cunha Lima na relação entre Planalto e Congresso e disse acreditar que ambos têm feito mudanças no país.
Maia disse que o plenário da Câmara deve votar em breve a reforma da Previdência e que o governo adotou a forma mais difícil, mas evitou elevar a carga tributária. “Poderíamos fazer isso [reforma previdenciária] pelo aumento de impostos, pela parte fácil. Mas nós – governo e Congresso – tomamos a decisão de enfrentar esse desafio”, disse.
O presidente da Câmara fez um aceno ao líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), crítico à agenda das reformas. Disse que ele, que presidiu o Senado até o fim início deste ano, e o atual mandatário da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foram fundamentais para aprovação dos projetos. “Sem eles, o Congresso não teria avançado tanto em votações tão importantes que já fez e vai continuar fazendo”, disse.
O deputado pediu ainda apoio do Senado para aprovação das mudanças na CLT, já apreciada na Câmara. “Aprovamos a reforma trabalhista na Câmara e não foi qualquer reforma. O relator apresentou uma revolução e tenho certeza de que o Senado também vai avançar”, disse. (Folhapress)
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