Durante solenidade de entrega de recursos do Goiás na Frente a municípios goianos nesta quarta-feira (30), o governador de Goiás José Eliton (PSDB) afirmou que a paralisação nacional de caminhoneiros gerou um impacto de redução de 30% na arrecadação do Estado.
Nós não contávamos com esses episódios ocorridos recentemente. Estávamos em uma linha de modernização das políticas públicas, como o terceiro turno que nós criamos e impactam os município profundamente, atendimento de cirurgias eletivas a pessoas que não têm condições. Os investimentos da área de segurança, como o Pró-rural que foi feito, o Batalhão de Terminais, pacificando os terminais de embarque e desembarque de passageiros na região metropolitana da capital, os investimentos na área de inteligência que foram estabelecidos ao longo desse tempo. Mas aí veio essa movimentação dos caminhoneiros que impacta aproximadamente 30% da arrecadação do Estado nesta semana de movimentação”, disse.
O governador explicou que a possibilidade de redução de 1% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no óleo diesel poderia acarretar em um impacto de R$ 102 milhões na conta do governo estadual.
“É preciso a gente ter responsabilidade em momentos tão delicado como esse. Alguns querem simplesmente jogar na plateia, fazer discurso populista sem se ater à responsabilidade que envolve a gestão pública. Quando se fala em reduzir a 1% a alíquota do ICMS, nós temos um impacto de R$ 102 milhões na conta do Estado. Só no diesel. Seria um impacto de mais de R$ 700 milhões. De onde que vai tirar esse dinheiro? Vai parar de pagar os servidores? Vai parar de pagar os programas sociais? A Renda Cidadã? Vão paralisar as obras todas do Estado? Que conversa é essa, sem qualquer tipo de embasamento? Aí o movimento é justo na sua concepção aos poucos vai demonstrando a face mais perversa, que é justamente a motivação política por trás daquela movimentação. Hora falavam Volta Lula, Lula Livre, hora outros falavam Intervenção Militar e virou uma anarquia total sem controle, sem ninguém para negociar”.
José Eliton também falou sobre as ações determinadas pelo Governo de Goiás para que pudessem ser viabilizados e mantidos os serviços essenciais, como os que são voltados para a saúde pública e o policiamento. Além disso, o governador criticou a ação de “oportunistas” que utilizaram a manifestação legítima dos caminhoneiros para fazer “discurso populista”.
“Enquanto a pauta se residia na questão típica das reivindicações que são justas, o direito de manifestar é garantia constitucional, todos nós estamos respeitando essa garantia, agora no momento que se utiliza de um movimento legítimo para atingir outros fins, fins que poderão atentar contra a estabilidade democrática nacional, não é possível tolerar tal situação. Justamente por ter a firmeza de saber que é importante garantir que o medicamento chegue ao hospital, que o oxigênio chegasse ao hospital, que o remédio de hemodiálise não deixasse de chegar às clínicas que fazem esse tipo de procedimento, que a merenda escolar pudesse chegar à escola nós tivemos que suspender aulas aqui, que não morresse milhares e milhares de aves e suínos impactando a economia dos municípios, gerando um problema sanitário monumental é que nós tomamos a decisão de agir, agir com respeito, mas com firmeza. Firmeza na observância da Constituição sob todos os seus aspectos, garantindo a todos o direito de se manifestar, mas exigir que os serviços públicos fossem garantidos, especialmente aqueles de caráter essencial. Essa missão do governo às vezes é difícil, é árdua, é dura. Ter que tomar decisões que muitas vezes caminham na contramão daquilo que muitos oportunamente, de maneira oportunista acabam por querer pegar. Tenho responsabilidade com o Estado, é desta forma que vou continuar agindo. Felizmente conseguimos atuar com a firmeza adequada, com o respeito adequado e estamos vendo esse movimento decrescer, cair e praticamente todas as rodovias estaduais estão sendo liberadas, possibilitando o abastecimento do nosso Estado”, concluiu.
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