As concessões de crédito do Banco do Brasil a empresas recuaram após a paralisação dos caminhoneiros, afirmou o presidente do banco, Paulo Caffarelli, nesta quarta-feira (20). Já os empréstimos a pessoas não foram impactados.
No entanto, o presidente diz que o volume desembolsado pelo banco ao segmento pessoa jurídica neste ano ainda é maior que o do ano passado e, para ele, a tendência é que a demanda volte à normalidade assim que os efeitos dos bloqueios nas estradas se dissiparem.
Nesta quinta-feira (21), o início do movimento que parou o país completa um mês. Para acabar com a paralisação, após dez dias de manifestações, o governo cedeu a todos os pedidos dos caminhoneiros, entre eles a redução do preço do diesel nas bombas e a criação de uma tabela de preços mínimos de frete. O custo do combustível, no entanto, não caiu como prometido e a tabela de frete está sob forte questionamento, dificultando a retomada do escoamento da produção do país.
Caffarelli disse que a desaceleração da economia não deve ter impacto sobre os empréstimos do banco. O BB prevê que o PIB crescerá 1,7% neste ano, abaixo dos 3% projetados inicialmente. Para ele, dado o processo de recuperação da economia, o avanço de 1,7% não deixa de ser um crescimento importante. (Folhapress)
{nomultithumb}
Leia mais:
- Chefe do IBGE confirma impacto de paralisação no PIB, mas evita projeções
- Efeitos da paralisação de caminhoneiros são transitórios, diz ministro da Fazenda
- Correios estimam perdas de R$ 150 milhões com greve dos caminhoneiros
Leia mais sobre: Economia