24 de dezembro de 2024
Destaque • atualizado em 27/08/2021 às 08:45

Parado há mais de três meses, Kajuru espera que Pacheco aprecie seu pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

Senador Jorge Kajuru (Foto: Roque Sá/Agência Senado)
Senador Jorge Kajuru (Foto: Roque Sá/Agência Senado)

Se o pedido de impeachment elaborado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro acabou não vingando e foi arquivado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o senador Jorge Kajuru quer ver sua solicitação – que há mais de três meses já fez um pedido. “Muito mais embasado que o do presidente”, garante em entrevista ao Diário de Goiás.

Segundo Kajuru, Pacheco ainda não arquivou seu pedido e disse que espera o momento certo para encaminhá-lo. “Ele falou que iria colocar para discutir o meu pedido de impeachment na hora certa. Para ele a hora não é certa, é de harmonia entre os poderes”, destacou.

Kajuru diz ter entregado, junto com seu pedido um abaixo-assinado com três milhões de assinaturas. Para ele, não só o senador, mas uma parcela significativa dos brasileiros quer ver como esse pedido será encaminhado. “Eu só tenho que pedir ao presidente do Senado que define o meu pedido anterior ao presidente Bolsonaro e um pedido muito mais embasado e melhor que isso, um pedido com aceitação nacional de quase 3 milhões de assinaturas num abaixo assinado que nós entregamos a ele em um pendrive. É isso que eu espero dele. Ele rejeitou o do presidente agora o meu ele não rejeitou até hoje. E o meu, eu tenho a opinião de juristas brasileiros, o meu está muito mais embasado em função de tudo que nós apresentamos.”

Bolsonaro joga sujo e fora do campo democrático

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) está preocupado com os rumos democráticos em meio a um contexto de tensão que os Poderes vivem em Brasília. Para ele, ao incitar e colocar mais combustível às manifestações do dia sete de setembro, em Brasília e em São Paulo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) em vez de exercer a diplomacia que um chefe de estado deveria exercer, faz “jogo sujo” e joga “fora das quatro linhas”.

“Isso é um ataque à democracia abominável e com o apoio do presidente da República. Ele está incitando a população a invadir, que ele sabe onde está o câncer do Brasil… É preocupante”, destaca o radialista. Ele reforça que há uma movimentação de todos os cantos do país para movimentar o dia 7 de setembro, em Brasília.

“Ontem a senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke me disse que estavam vindo 300 ônibus de Campo Grande, você imagine, se estão vindo 300 ônibus de Campo Grande quantos viram de Goiânia que é aqui perto? Quantos virão de outras cidades e capitais? Tudo é muito preocupante porque é um ataque à democracia e o presidente está fazendo esse papel. Isso é preocupante demais. Ele fala que está disputando apenas nas quatro linhas, mas isso é um jogo fora das quatro linhas… Um jogo sujo”, destaca.


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