10 de agosto de 2024
Cidades

Parada Gay de Goiânia alerta para violência contra negros LGBT

Foto: Divulgação
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Com o tema “Os 50 anos da Revolta de StoneWall Inn”, foi realizada neste domingo (8) a 24ª edição da Parada LGBTQI+ em Goiânia. Segundo a organização do evento, cerca de 100 mil pessoas estiveram na passeata, que percorreu as avenidas Araguaia, Paranaíba e Tocantins até a Praça Cívica, no Centro.

De acordo com a presidente da Associação da Parada de Goiânia, Isabel Cristine, o tema deste ano pede respeito não só às pessoas LGBT, mas também aos negros. “O maior número de casos violentos é com LGBT’s negros. Há 50 anos, em StoneWall, quem fez todo esse ativismo foi uma trans negra, cansada de sofrer a violência e ver o rosto dela nas latrinas dos banheiros”, afirmou.

“Há duas semanas, houve um estupro coletivo que uma jovem negra lésbica. Isso se desdobrou a uma parada que levanta essa importância de que a população negra, principalmente os negros LGBTQI+, sofrem”, completou a presidente.

Neste ano, de acordo com a Associação, os governos estadual e federal não repressaram recursos para a realização do evento. Somente a Prefeitura de Goiânia apoiou a parada. Apesar da resistência dos poderes, a organização fez um balanço positivo da parada de 2019.

“Mostrou que estamos em busca de direitos e respeito. Não queremos ser apenas tolerados, mas respeitados. A demonstração mais forte que percebi é que estamos juntos. Nós queremos que a sociedade entenda que também pagamos impostos e queremos, no mínimo, que isso seja repassado para garantir nossas políticas”, comentou Isabel Cristine.

Em 2020, a Associação planeja a parada para o dia 28 de junho, data que comemora o Orgulho LGBT no mundo. O tema escolhido é o envelhecimento, no qual a Associação pretende discutir a solidão de pessoas LGBTQI+.


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