13 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:29

Para reduzir mal-estar com STF, Temer prega equilíbrio entre poderes

Michel Temer. (Foto: Beto Barata/Fotos Públicas)
Michel Temer. (Foto: Beto Barata/Fotos Públicas)

Para tentar arrefecer o mal-estar com o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Michel Temer gravou pronunciamento nesta segunda-feira (12) para defender a independência e o equilíbrio entre os Poderes da República.

O vídeo, que será divulgado nas redes sociais, tem como objetivo refutar informação de que o peemedebista teria pedido para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) investigar a relação do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, com o executivo Joesley Batista, da JBS.

Na gravação, o peemedebista prega a harmonia entre o Executivo, Judiciário e Legislativo e defende que não desistiu da aprovação das reformas governistas para equilibrar as contas do país.

A informação sobre a suposta investigação contra Fachin foi divulgada pela “Veja”. No sábado (10), a presidente do STF, Cármen Lúcia, e o procurador-geral, Rodrigo Janot, reagiram a ela.

Temer telefonou para Cármen Lúcia na noite de sexta-feira (9). Segundo o Palácio do Planalto, o presidente negou o episódio, e a ministra disse compreender, mas informou que sairia em defesa do tribunal.

No início da tarde de sábado, ela divulgou nota na qual afirma que a investigação da Abin, “se confirmada”, é um “gravíssimo crime contra o STF”.

“O STF repudia, com veemência, espreita espúria, inconstitucional e imoral contra qualquer cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais ainda se voltada para constranger a Justiça”, disse.

O procurador-geral, Rodrigo Janot, disse que, se confirmado, tal “atentado aos Poderes da República e ao Estado Democrático de Direito, ter-se-ia mais um infeliz episódio da grave crise de representatividade pela qual passa o país”.

“Em vez de fortalecer a democracia com iniciativas condizentes com os anseios dos brasileiros, adotam-se práticas de um Estado de exceção”, diz o texto. (Folhapress)

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