22 de dezembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 10:10

Para Moody’s, acordo da Petrobras é positivo para nota de crédito da estatal

A agência de classificação de risco Moody’s elogiou o acordo firmado pela Petrobras para encerrar ação coletiva movida por investidores americanos por perdas provocadas após descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

“Se aprovado, o acordo removeria a incerteza relacionada ao montante a ser pago àqueles que entraram com a ação. Além disso, estabelece um valor de referência para futuras multas que poderiam ser impostas à companhia”, afirmou relatório da agência.

A Moody’s ainda destacou que a Petrobras tem “melhorado significativamente sua governança corporativa” nos últimos dois anos, com mudanças em suas práticas e procedimentos que gradualmente tornaram a estatal mais independente.

Essas melhorias contribuíram para a elevação da nota de crédito da empresa, em outubro de 2017.

À epoca, a nota fora elevada de B1 para Ba3. A estatal permanece classificada como risco especulativo, mas está agora a três degraus de se tornar grau de investimento, selo dado às empresas com menor risco.

A Petrobras perdeu o grau de investimento da Moody’s em fevereiro de 2015, afetada pela crise econômica do país e por dúvidas sobre sua capacidade para cumprir compromissos financeiros.

Acordo

O processo contra a estatal foi iniciado em dezembro de 2014 por acionistas descontentes com a perda de valor das ações após a descoberta do esquema de corrupção. Desde então, a Petrobras fechou uma série de acordos individuais com investidores institucionais.

Pelo acordo divulgado nesta quarta (3), a empresa de óleo e gás pagará aos investidores US$ 2,95 bilhões em três parcelas, que começarão a ser desembolsadas após a aprovação preliminar do juiz Jed Rakoff, da Corte Federal de Nova York, onde corre a ação coletiva.

Foi o quinto maior acordo envolvendo ação coletiva por perda com ações da história, atrás dos casos Enron (US$ 7,22 bilhões), Worldcom (US$ 6,13 bilhões), Tyco International (US$ 3,2 bilhões) e Cendant Corporation (US$ 3,18 bilhões). (Folhapress)

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