14 de setembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:31

Para evitar desembarque do PSDB, Temer inicia ofensiva sobre Alckmin

O presidente Michel Temer lamentou tragédia com avião que levava o time da Chapecoense (Antonio Cruz/Agência Brasil)
O presidente Michel Temer lamentou tragédia com avião que levava o time da Chapecoense (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Na tentativa de evitar um desembarque do PSDB ao governo federal, o presidente Michel Temer se reunirá nesta segunda-feira (12) com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir o espaço do partido na Esplanada dos Ministérios.

Com o agravamento da crise política e a piora na avaliação do governo federal, o grupo do governador de São Paulo tem defendido a necessidade de um distanciamento do Palácio do Planalto. O receio é que o aprofundamento de uma aliança federal possa desgastar também a imagem do partido para a disputa presidencial de 2018.

Na conversa, marcada para o Palácio dos Bandeirantes, o peemedebista pretende consultar o tucano sobre o apoio dele à indicação do deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo e tratar da pauta governista no Congresso Nacional.

No esforço de manter o apoio do PSDB, considerado o fiel da balança da gestão federal, o presidente tomou café da manhã nesta segunda-feira (12) com os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Na conversa, na qual foi acertada a indicação de Imbassahy para a pasta, os dois tucanos reafirmaram o apoio do partido ao governo federal e deixaram claro que a permanência da sigla na Esplanada dos Ministérios não passa pela nomeação do deputado federal para a Secretaria de Governo.

A tendência é que a nomeação de Imbassahy seja feita nesta semana. Com um receio de uma retaliação dos partidos do chamado centrão, o presidente quer, no entanto, efetivá-la após a votação final do orçamento do ano que vem, programada para quarta-feira (14).

Na semana passada, o presidente adiou o anúncio por pressão de partidos como PSD, PP, PR e PTB, que reivindicavam o posto e continuam fazendo ameaças de não votar pautas governistas caso a nomeação ocorra antes da sucessão do comando da Câmara dos Deputados, eleição marcada para fevereiro.

Folhapress

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