07 de agosto de 2024
Destaque 2 • atualizado em 02/09/2020 às 19:33

Para acordo com o Mercosul sair do papel, Alemanha quer queda no desmatamento na Amazônia

Desmatamento na Amazônia preocupa governo alemão
Desmatamento na Amazônia preocupa governo alemão

A Amazônia segue comprometida para que o acordo do Mercosul com a União Europeia assinado em 2019 saia do papel. Mas também quer que o Brasil também se comprometa em diminuir o desmatamento na Amazônia.

Foi o que garantiu o novo embaixador da Alemanha no Brasil Heiko Thoms. Ele se reuniu no último dia 19 de agosto com o presidente da República Jair Bolsonaro para entregar suas credenciais – formalidade que marca o início de seu trabalho em Brasília. Entregou ao presidente uma máscara facial com a bandeira dos dois países, e conversaram sobre o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, que promete criar uma da maiores áreas de livre comércio do mundo, com 780 milhões de pessoas e um quarto da economia mundial. 

Apesar do pacto ter sido estabelecido, ele vem enfrentando resistência por parte de diversos líderes europeus devido à alta do desmatamento na Amazônia e à falta de políticas consistentes do governo brasileiro para a proteção do meio ambiente.

Em entrevista concedida à DW Brasil na última segunda-feira (31/08), Thoms afirma que o acordo de livre comércio está no topo de sua agenda e que seu país ainda “tem a ambição” de assiná-lo no Conselho da UE até o final do ano, mas que “há muita sensibilidade em todo o espectro político alemão sobre temas relativos a clima e meio ambiente”.
Ele diz que seu país gostaria de ver redução da área desmatada na Amazônia – “não promessas ou palavras, mas progresso real”. “Não quero apresentar isso como uma pré-condição, mas uma redução nos números de desmatamento tem repercussão direta na percepção política na Alemanha”, afirma.

Indagado sobre investimentos alemães no Brasil, Thoms sinaliza que não devem ocorrer grandes movimentos no curto prazo, já que a crise provocada pela pandemia “exigirá uma revisão de decisões empresariais que haviam sido tomadas”. Mas afirma que o Brasil, “uma das economias mais fechadas do G20”, se beneficiaria de uma maior abertura.


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