O papa Francisco inicia hoje (25) a sua primeira viagem ao Continente Africano, ao qual pretende levar uma mensagem de paz, justiça social e diálogo entre o islã e o cristianismo.
Até o dia 30, ele visitará o Quênia, Uganda e a República Centro-Africana, três países onde as comunidades cristãs estão na defensiva diante dos movimentos jihadistas, como as milícias shebab somalis (principalmente após o massacre no Quênia de 150 estudantes na Universidade de Garissa, em abril do ano passado) ou o Boko Haram.
Em Nairobi, capital do Quênia e primeiro destino da viagem, o papa vai discursar na sede do Programa da Organização das Nações Unidas para o Ambiente e da ONU-Habitat, uma visita muito esperada que ocorre alguns dias antes do início da conferência sobre alterações climáticas em Paris (COP21).
Em Uganda, no Santuário de Namugongo, Francissco celebrará missa comemorativa dos primeiros santos africanos, 22 jovens mártires cristãos, como Charles Lwanga, queimados vivos no fim do século 19 por ordem do rei Mwanga, de quem eram pajens e se recusaram ser escravos sexuais.
No domingo (29), será aberta a “porta santa” na Catedral de Bangui, capital da República Centro-Africana, onde têm sido registrados episódios de violência entre milícias muçulmanas e cristãs. O evento é visto como uma antecipação simbólica da abertura oficial, em Roma, do Jubileu da Misericórdia (ano santo da misericórdia).
Antes do início da viagem ao Continente Africano – na qual estão previstas reuniões com pobres, jovens, cristãos e também com muçulmanos – o papa Francisco pediu que a paz e a prosperidade se tornem estáveis na África.
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