27 de dezembro de 2024
Mundo

Papa convoca reunião extraordinária para discutir abusos sexuais

Papa Francisco. (Foto: Reprodução/Instagram)
Papa Francisco. (Foto: Reprodução/Instagram)

O papa Francisco convocou os secretários-gerais das conferências episcopais do mundo todo para uma reunião extraordinária na qual será discutida a proteção a menores contra abusos sexuais, afirmou o Vaticano nesta quarta-feira (12).

Um porta-voz do Vaticano afirmou que o encontro, sem precedentes, será entre 21 e 24 de fevereiro.

A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, criada pelo Papa Francisco em março de 2014, já havia anunciado no domingo (9) a criação de um projeto para colher relatos de vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica. A ideia é criar mecanismos que ofereçam espaços seguros e processos transparentes para que os sobreviventes possam contar suas histórias. O piloto será no Brasil.

No Brasil, o secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é Leonardo Steiner, 67. 

O anúncio foi feito após um encontro de três dias do C-9, grupo de nove cardeais de vários países que se reúnem cerca de quatro vezes por ano para aconselhar o papa. O porta-voz disse que a crise dos abusos sexuais foi o tópico principal do encontro, ao qual seis membros compareceram.

A Igreja Católica enfrenta escândalos de abusos sexuais nos EUA, no Chile, na Austrália e na Alemanha, entre outros países.

No dia 14 de agosto, a Suprema Corte da Pensilvânia revelou as descobertas da maior investigação até hoje em torno de abusos sexuais na Igreja Católica dos EUA. Segundo o relatório, 301 padres no estado abusaram sexualmente de menores de idade durante os últimos 70 anos.

O Vaticano divulgou um comunicado expressando “vergonha e tristeza” com o episódio e afirmando que o papa Francisco está do lado das vítimas e que “aqueles que sofreram são sua prioridade”. 

No dia 25 do mesmo mês, o pontífice pediu perdão por crimes passados da igreja. Um dia depois, Francisco foi acusado por um arcebispo de ter acobertado acusações de abuso sexual atribuídas a um ex-cardeal norte-americano de 2013 para cá. (Folhapress) 

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