O Palmeiras caiu diante do Barcelona do Equador em casa nesta quarta-feira (9) e o sonho de conquistar a Taça Libertadores neste ano ruiu. O milionário time montado com ajuda da patrocinadora Crefisa venceu por 1 a 0 no tempo normal -placar aplicado pelos equatorianos no duelo de ida-, mas sucumbiu nos pênaltis.
No embalo das recentes conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, a torcida alviverde não vai conseguir comemorar a taça pela qual tem obsessão nesta temporada. Resta ao Palmeiras brigar por uma vaga na Libertadores de 2018 via Brasileiro.
Depois de jogar durante o tempo normal mais na base da vontade do que da organização tática, o Palmeiras conseguiu garantir a vantagem mínima no segundo tempo com gol de Moisés. O meia estava em recuperação desde fevereiro e retornou aos gramados no último final de semana.
Nas penalidades máximas, a eficiência dos jogadores adversários prevaleceu, e o Barcelona se classificou por 5 a 4. Banguera defendeu duas penalidades -a primeira foi a cobrança de Bruno Henrique, a terceira palmeirense. No quinto tiro, que poderia dar a classificação para o Barcelona, Damían Díaz parou na defesa de Jaílson. A disputa foi para as cobranças alternadas. Banguera, então, fez sua segunda defesa, na cobrança de Egídio, o que determinou a classificação equatoriana.
O ano que começou com o comando técnico de Eduardo Baptista e a meta de ser bi-campeão do Brasileiro, além dos sonhos internacionais, que projetava o mundial em dezembro, vai terminar amargo.
A chegada de Cuca, antes do último jogo da fase de grupos da Libertadores e as vésperas do Brasileiro, aumentou as esperanças dos torcedores. Mas o treinador campeão brasileiro em 2016 não conseguiu construir um time eficiente antes da decisão desta quarta.
Os problema do treinador começaram pelas laterais, que mudaram bastante. Depois chegaram ao meio campo, onde a armação de jogadas não foi resolvida. Guerra, machucado, não entrou em campo contra os jogadores do time equatoriano. Nos primeiros 45 minutos do jogo no Allianz, como havia ocorrido em Guayaquil, os atacantes palmeirenses pouco frequentaram a área do goleiro Banguera.
Com um meio sem inspiração, Dudu e até Egídio tentaram armar as jogadas pela esquerda do campo. Mas não conseguiram lances agudos de gol.
E o time do Equador, como também ocorreu nas partidas em que fez como visitante na Libertadores, abdicou da retranca e foi para frente. A posse de bola ficou dividida entre Palmeiras e Barcelona.
No ataque, Deyverson, que chegou de última hora e roubou a vaga de Miguel Borja, a contratação mais cara do ano que não consegue jogar no Brasil, também não ajudou a empurrar as bolas para o gol adversário. O avante não teve nenhuma chance clara de gol.
O técnico Cuca, nas semanas que antecederam a partida, até tentou tirar a pressão sobre o jogo do ano para a torcida do Palmeiras. Mas durante os 90 minutos ficou evidente que o nervosismo também pesou na queda.
A torcida alviverde lotou o estádio e apoiou o time durante todo o jogo. Contudo, ao final, os jogadores palmeirenses saíram vaiados do gramado por uma parte dos torcedores, que ainda chamaram o time de “sem vergonha”.
PALMEIRAS
Jailson; Tchê Tchê, Mina (Edu Dracena), Luan e Egídio; Bruno Henrique e Thiago Santos; Róger Guedes (Moisés), Dudu e Keno; Deyverson. T.: Cuca
BARCELONA
Banguera; Velasco, Aimar, Arreaga e Pineida (Valencia); Minda (Segundo Castillo) e Oyola; Ayoví, Castillo (Damián Díaz) e Caicedo; Jonatan Alvez. T.: Guillermo Almada
Estádio: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Gol: Moisés (Palmeiras), aos 7 minutos do 2º tempo
Catões amarelos: Edu Dracena e Thiago Santos (Palmeiras); Castillo, Oyola e Caicedo (Barcelona)
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