23 de novembro de 2024
Esportes

Palmeiras goleia o Táchira e amplia série invicta como visitante na Libertadores

Foto - César Greco (Palmeiras)
Foto - César Greco (Palmeiras)
Por Ricardo Magatti

O atual campeão da Libertadores começou a sua caminhada em busca do tetra com uma goleada fora de casa na noite desta quarta-feira. Em San Cristóbal, na Venezuela, o Palmeiras fez o que dele se esperava e, mesmo com um time misto, aplicou 4 a 0 no frágil Deportivo Táchira. Poderia ter feito mais, mas tirou o pé e errou alguns gols fáceis.

Consolidado como uma potência brasileira na Libertadores, o Palmeiras, dono de uma série de recordes entre seus compatriotas – mais participações, gols e vitórias, entre outros – chegou à impressionante marca de 16 partidas seguidas sem perder como visitante no principal torneio do continente. São 11 vitórias e cinco empates nesse período. É uma marca que dá a dimensão do quão “copeiro” se tornou o time de Abel Ferreira.

A equipe alviverde, com o triunfo tranquilo em solo venezuelano, larga na liderança do Grupo A. A chave também tem o equatoriano Emelec e o boliviano Independiente Petrolero.

Rafael Navarro saiu do banco e aproveitou a chance que lhe foi dada. O centroavante enfim desencantou e foi o protagonista do jogo, com dois gols na etapa final. Os outros, no primeiro tempo, saíram dos pés de Dudu e Raphael Veiga, os craques da equipe. Eles, Weverton e Gustavo Gómez foram os únicos titulares que começaram o duelo em San Cristóbal.

Rony e Piquerez estão machucados e Danilo e Marcos Rocha sequer viajaram. Abel Ferreira não esteve no banco de reservas porque cumpriu suspensão por ter sido expulso na final da Recopa Sul-Americana.

Dudu tem falado que, embora seja considerado um atleta “completo” por Abel Ferreira, precisa marcar mais gols. Nesta quarta, desperdiçou uma chance clara, mas deixou o seu. Foi dele, com uma finalização rasteira por debaixo do goleiro, o gol que abriu o caminho para o triunfo elástico.

Raphael Veiga, outro que vive uma fase especial, ampliou em arremate potente de fora da área. Kuscevic acertou um cabeceio no travessão e Gabriel Veron, escalado como um falso 9, perdeu um gol impressionante, sem goleiro. Dava, portanto, para ter descido ao vestiário já com o jogo resolvido.

As oportunidades perdidas não fizeram falta porque Rafael Navarro entrou no segundo tempo e balançou as redes duas vezes num intervalo de cinco minutos. Foram seus dois primeiros gols com a camisa do Palmeiras, o que tira dele um peso. Existe uma busca por um camisa 9 que chegue para se tornar o goleador tão desejado por Abel Ferreira.

Enquanto ele não vem, Navarro ganhou pontos com o treinador português. O primeiro ele marcou após passe de Mayke, aos dois minutos. Aos sete, o centroavante cabeceou bonito e sacramentou o triunfo. Ele não esquecerá tão fácil essa estreia palmeirense na edição de 2022 da Libertadores. No fim, Jailson foi expulso. Sua expulsão irritou o auxiliar João Martins, mas não atrapalhou na manutenção da vantagem. Vitória expressiva do atual campeão continental em solo venezuelano.

Embalado por conquistas recentes, o Palmeiras estreia no Brasileirão no sábado, às 21h, em casa, no Allianz Parque. O adversário será o Ceará.

FICHA TÉCNICA

DEPORTIVO TÁCHIRA 0 X 4 PALMEIRAS

DEPORTIVO TÁCHIRA – Cristopher Varela; Pablo Camacho, Jesús Quintero, Edisson Restrepo (Calzadilla) e Marrufo; Francisco Flores, Gabriel Benítez e Maurice Cova; Yerson Chacón (Arace), Farias (Simisterra) e Richard Figueroa (Marlon Fernández); Anthony Uribe. Técnico: Alex Pallarés.

PALMEIRAS – Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Kuscevic e Jorge; Jailson, Atuesta (Zé Rafael) e Raphael Veiga (Gabriel Menino); Dudu (Giovani), Wesley (Breno Lopes) e Gabriel Veron (Rafael Navarro). Técnico: João Martins.

GOLS – Dudu, aos 7, e Raphael Veiga, aos 34 minutos do segundo tempo. Rafael Navarro, aos 2 e aos 7 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Darío Herrera (ARG).

CARTÕES AMARELOS – Restrepo, Atuesta, Flores.

CARTÃO VERMELHO – Jailson.

PÚBLICO E RENDA – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, na Venezuela.

(Conteúdo Estadão)


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