27 de dezembro de 2024
Destaque 2

Palácio do Planalto vive apagão de meia hora e causa é desconhecida

Foto: José Cruz, Agência Brasil.
Foto: José Cruz, Agência Brasil.
Por Vera Rosa e Anne Warth

O Palácio do Planalto ficou às escuras na noite desta segunda-feira, 5. No momento em que as hidrelétricas estão com reservatórios vazios por falta de chuva e o Brasil corre o risco de enfrentar uma crise de energia elétrica, a sede do governo permaneceu sem iluminação por meia hora, das 21h40 até pouco depois das 22 horas. O presidente Jair Bolsonaro deixou o gabinete bem antes do apagão e parou para conversar com seus apoiadores alguns quilômetros adiante, no Palácio da Alvorada, que abriga a residência oficial do chefe do Executivo.

Na Praça dos Três Poderes, a escuridão atingiu apenas o Planalto As luzes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal não se apagaram. Há suspeitas de que haja defeito de alguma instalação na própria sede do governo, uma vez que tanto o Congresso quanto o Supremo não apresentaram problemas de falta de energia.

Em nota, a Neonergia Distribuição Brasília informou que, às 22h10, enviou uma equipe de plantão ao Planalto para verificar relatos de falta de energia. “A concessionária informa ainda que, às 22h40, a equipe de plantão esteve no local e constatou que a unidade consumidora estava com o funcionamento de energia normalizado”, diz o comunicado.

Horas antes do apagão, Bolsonaro já estava a caminho de casa. Na portaria do Alvorada, desceu do carro, como de costume, para conversar com eleitores. Com discurso de campanha, criticou a CPI da Covid, deu estocadas no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – “Eu acho que o Lula tem 110% (na pesquisa), tá certo?” – e disse ser vítima de um “massacre” de todos os lados.

“Eu não sei por que certas pessoas têm prazer de falar ‘eu sou presidente’. Não sabe o que é ser presidente da República, meu Deus do céu?”, perguntou, diante de seguidores atentos às suas palavras. Ao falar das turbulências enfrentadas pelo Brasil, Bolsonaro também disse que a sucessão de crises não começou agora. “O País estava caminhando para o buraco há muito tempo”, insistiu.


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