22 de dezembro de 2024
Cidades

Pais devem ter cuidados com bebês e crianças durante a pandemia

Pandemia exige cuidados com recém-nascidos. (Foto: Divulgação/Hutrin)
Pandemia exige cuidados com recém-nascidos. (Foto: Divulgação/Hutrin)

Embora estudos científicos indiquem que a incidência da covid-19 é menor em recém-nascidos, bebês e crianças de até 14 anos, os pais e responsáveis devem se manter precavidos para evitar o contágio dos pequenos.

De acordo com a médica pediatra do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), Camila Chavier de Oliveira, os atos de prevenção devem começar antes mesmo da chegada do bebê.

Oliveira explica que é importante que a mãe faça todas as consultas do período pré-natal e siga rigorosamente as instruções médicas. Para as gestantes, também é importante evitar aglomerações e ambientes públicos para reduzir o risco de contágio pelo coronavírus.

Depois do nascimento da criança, as visitas devem ser restritas. Mãe e bebê devem deixar a casa apenas em momentos de extrema necessidade. Além disso, a médica ressalta a importância de que se mantenha os ambientes ventilados e todos que convivem com a mulher e a criança mantenham os procedimentos de higienização.

“O principal meio de contaminação nessa faixa etária é o contato direto com adultos infectados, já que os bebês estão restritos às suas casas. Portanto o cuidado do adulto é a principal forma de prevenir a infecção por Covid”, enfatiza Oliveira.

As mães com sintomas gripais devem usar máscara ao ter contato com o bebê, inclusive durante a amamentação. A higienização das mãos e das mamas também deve ser feita corretamente para garantir a saúde e o bem-estar do recém-nascido.

É importante ressaltar que, de acordo com o Ministério da Saúde, não há constatação científica que estabeleça ligação entre a transmissão da Covid-19 com a amamentação. O aleitamento materno é um processo importante para garantir o fortalecimento do sistema imunológico do bebê.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos casos diagnosticados da doença, 1,2% corresponde a crianças menores de 4 anos e 2,5% a crianças entre 4 e 14 anos.

Diálogo para lidar com isolamento

Não são só os adultos que sofrem com o isolamento social. As crianças acostumadas a frequentar parques e praças acabam se chateando com a necessidade do isolamento social, mas a medida é necessária.

“Locais públicos com aglomeração de pessoas devem ser evitados não só pelas crianças. Se os pais quiserem levá-las para brincar em playground de condomínio, é necessário enfatizar a obrigatoriedade do uso de máscara. As crianças têm que ser orientadas a não passar a mão no rosto, nariz e olhos e higienizar as mãos com frequência”, ressalta a médica.

É recomendado que crianças menores de dois anos não façam o uso de máscaras devido ao risco de sufocamento. Vale lembrar sempre que se infectadas, mesmo apresentando sintomas leves da doença, as crianças podem transmitir o vírus para quem faz parte do grupo de risco, portanto manter os devidos cuidados é importante para conter a disseminação da doença.

A médica também aconselha que pais ou responsáveis tenham um olhar especial em relação à saúde emocional da criança. Se ela apresentar tristeza, ansiedade, introspecção, medo ou quaisquer outros comportamentos que não condizem com as condutas naturais, eles precisam procurar um especialista para uma avaliação adequada.

“Assim como os adultos, as crianças também precisam de um cuidado especial nesse período de pandemia. O diálogo é fundamental para conscientização, mas também para entender as angústias e frustrações dos pequenos, que sofrem muito com o isolamento social”, finaliza a médica. 


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