Até dezembro de 2021, o pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 232,6 bilhões. Este montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), aponta estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o estudo, cerca de 83 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.539.
Entre os brasileiros que devem ser favorecidos com o pagamento do 13º salário, 51 milhões, ou 61% do total, são trabalhadores no mercado formal. Dentre eles estão os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que devem receber aproximadamente R$ 155,6 bilhões, e aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS), que receberão R$ 45,4 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 11 bilhões; aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 15,8 bilhões; e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 4,7 bilhões.
A parcela mais expressiva do 13º salário, cerca de 49,3%, deve ser paga nos Estados do Sudeste. No Sul devem ser pagos 17,2% do montante e no Nordeste, 15,4%. Já as regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 8,5% e 4,8%. A pesquisa destaca que os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 4,7% do montante e podem estar em qualquer região do País.
O maior valor médio para o pagamento deve ser pago no Distrito Federal, no valor de R$ 4.541, e o menor, no Maranhão e Piauí, a R$ 1.691 e R$ 1.729, respectivamente. Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.
Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 49,8 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 154 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano.
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 17,3%; os comerciários terão 13,4%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 3,1%, mesmo porcentual a ser recebido pelos trabalhadores da agropecuária. (Por Sofia Aguiar/Estadão Conteúdo)