19 de dezembro de 2024
Cidades

Padre Luiz recebe salário da Assembleia, mas não trabalha na Casa há 20 anos, diz jornal

O jornal O Popular divulgou matéria nesta quinta-feira (5) em que informa que o padre Luiz Augusto Ferreira, responsável pela Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, é servidor da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), mas não cumpre expediente na Casa há 20 anos. Foi apurado pelo jornal que o padre recebe R$ 11,8 mil de salário bruto pelo cargo de analista legislativo.

A Diretoria Geral também informou que Luiz Augusto está lotado na Diretoria Parlamentar e que está de licença-prêmio até dia 4 de maio deste ano. Além disso, o jornal informa que não há histórico do padre como servidor na Casa e que a assessoria do atual presidente da Assembleia, Hélio de Sousa (DEM), divulgou que o deputado não responderá pela administração anterior.

De acordo com o padre, ele está de licença desde 1995, quando foi ordenado padre. A única exceção é que no ano de 2012, Luiz Augusto trabalhou no gabinete do ex-presidente Jardel Sebba (PSBD).

No entanto, O Popular afirma que Jardel Sebba não soube falar quanto tempo o padre ficou à disposição da presidência, nem a função que exerceu durante o período. Segundo o jornal, o padre teria tentado pedir demissão diversas vezes e que mantém o vínculo com a Assembleia para que ele e seus cinco dependentes possam usufruir do plano de saúde do Estado, o Ipasgo. Já a remuneração estaria integralmente em uma conta bancária para, no futuro, construir uma chácara para dependentes químicos.

Confira nota divulgada pela Assembleia Legislativa:

Ao longo de sua carreira no Parlamento, Luiz Augusto Ferreira da Silva recebeu convites de deputados para trabalhar junto aos gabinetes. A legislação interna permite que cada gabinete possa requerer um funcionário do quadro efetivo para trabalhar próximo ao deputado. Assim, ele prestou relevantes serviços sociais ao longo dos anos até ser lotado na Diretoria Parlamentar durante o segundo semestre de 2014.

O Diário de Goiás entrou em contato com a Arquidiocese de Goiânia e a instituição informou que vai se posicionar ainda hoje sobre o fato.


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