A Polícia Civil por intermédio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) prendeu nesta cidade as pessoas de Bruna Lucinda Batista Ferreira, 28 anos de idade, vendedora de produtos de beleza e Gedeon Santos Alves dos Santos, 24 anos, desempregado, suspeitos de terem assassinado por espancamento Bruno Diogo Dias Ferreira de apenas 2(dois) anos, sendo o casal respectivamente mãe e padrasto da criança. O crime ocorreu no dia 03 de novembro na região do Real Conquista, em Goiânia.
Em razão das fundadas suspeitas de espancamento, o Conselho Tutelar foi acionado e também a DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente) oportunidade a qual, diante dos fatos, a delegada encaminhou o inquérito policial para esta especializada.
A priori, o casal chegou ao hospital com a criança já sem vida, alegando GEDEON que BRUNO começou a passar mal em casa, quando estava sozinho com ele, expelindo sangue pelo nariz e uma baba espessa pela boca. Contudo, os médicos evidenciaram que a criança possuía inúmeros hematomas por todo o corpo, levando-os a suspeitar que teria sido vítima de espancamento.
Quando já constatada a morte de BRUNO, a mãe do menino, orientada por seu companheiro, se dirigiu à Central de Flagrantes de Goiânia e procedeu a uma falsa comunicação de um acidente de moto que seu filho teria sofrido com uma sobrinha dela, dando a entender que a morte de BRUNO teria ocorrido por complicações de uma cirurgia que o pequeno fez na boca 1(uma) semana antes de seu óbito (dia 27/10/17) por ter se machucado no acidente.
Após tomar conhecimento desses fatos, as equipes da Delegacia de Homicídios do cartório VI, chefiadas pelo delegado adjunto Dannilo Proto, se mobilizaram para entender e apurar todas as circunstâncias que levaram BRUNO à morte. Assim, com as investigações e depoimentos de testemunhas oculares, foi apurado que BRUNA mentiu no relato da ocorrência, que na verdade quem sofreu o referido acidente foi ela e estava desacompanhada de seu filho, ademais que não se deu na data mencionada na ocorrência, e sim há mais de 1(um) mês.
Constatamos por meio dos depoimentos de testemunhas que a criança era vítima frequente de maus tratos tanto pela mãe quanto pelo padrasto, que sempre aparecia com roxeados pelo corpo, inchaços em sua cabeça e em uma ocasião foi até relatado que tinha marca de enforcamento por corda em seu pescoço. Somando aos fatos apurados na investigação o laudo cadavérico do menino comprovou que BRUNO de fato havia sido espancado, praticamente não havia uma parte do corpo da criança que não tivesse algum tipo de lesão, no crânio havia um grande orifício decorrente de pancada, dentes quebrados, lesão no ânus, no pênis e em seus órgãos, inclusive foi constatado que o pâncreas do menino foi partido ao meio em decorrência de tamanha violência, além disso também sofreu estupro.
Verificamos que o casal já estava tentando se esconder, contudo GEDEON foi preso quando estava adentrando em uma invasão no setor Village Santa Rita, para recolher alguns pertences seus e de sua mulher, já BRUNA foi presa na casa de sua sogra no Condominio Rio Branco. Nesta delegacia, GEDEON foi interrogado e confessou o assassinato e estupro, relatou detalhes de todo o espancamento, com uma impressionante frieza e afirmou que não foi a primeira vez. Já BRUNA, a mãe da criança, também extremamente fria, alegou que não sabia que seu companheiro havia tirado a vida de seu filho, porém é cristalino para as equipes de investigação que ela sabia de tudo e ainda acobertava o parceiro, chegando ao ponto de convocar uma emissora de televisão um dia após a morte de BRUNO para tentar convencer a todos que eles eram inocentes.
As investigações que culminaram na prisão do casal foram chefiadas pelo Delegado de Polícia Dannilo Ribeiro Proto com a participação dos Agentes Renato Rodrigues, Jhefferson Osório, Marco Antonio, Milca Muniz (Papiloscopista), além do escrivão Sidinei Aparecido.
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