Professores e funcionários administrativos ligados ao Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (SIMSED) ocuparam a sede da Prefeitura de Goiânia. A categoria em greve desde a última segunda (13) procura realizar pressão para que reivindicações cobradas sejam atendidas.
A ocupação começou no início da manhã desta quinta-feira (16) e terminou no início da tarde. Cerca de 100 servidores conseguiram chegar até o salão nobre no 6º andar do Paço. Por este ponto é possível chegar próximo ao gabinete do prefeito Paulo Garcia localizado no 5º andar. Outra parte dos manifestantes ficou no hall de entrada do prédio localizado no Parque Lozandes. Várias pessoas estavam com panelas nas mãos e faziam muito barulho.
A Guarda Civil Metropolitana isolou as outras áreas do espaço, para que os grevistas não tivessem acesso. Portas foram fechadas, trancadas, algumas passadas cadeados e até arames. No decorrer do dia, elevadores foram desligados, energia foi cortada no 6º andar.
Cobranças
Os servidores cobram melhorias nas estruturas físicas e segurança dos prédios, construção de novas unidades, além do pagamento retroativo da data-base de 2014 aos servidores administrativos e do piso dos professores. Eles também reivindicam o pagamento de gratificação de 30% para auxiliares educativos e de titularidades, titulações e progressões.
“Por enquanto temos a intenção de permanecer aqui no Paço para forçar uma negociação com o prefeito. Estamos abertos ao diálogo. Os pontos de pauta são alguns acordados em 2013 e que em 2014 não foram cumpridos e também itens da Reforma Administrativa. O prefeito acordou que pagaria a Data Base pontualmente para o administrativo, não cumpriu. A retroatividade não será dada. O parcelamento da Data Base de 2015 não atende a categoria. Na Reforma teve interferência na escolha do diretor de forma direta nas escolas”, explica o professor Silas Cézar.
Escolas paradas
No total hoje na capital, funcionam 360 unidades de ensino da Prefeitura de Goiânia. Segundo Simsed, até o final desta manhã, nesta quinta-feira,203 colégios e Cmeis haviam aderido à greve. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 40% do total está com atividades paralisadas.
Resposta
A secretária Municipal de Educação Neyde Aparecida discorda pontos colocados pelos grevistas. Ela avalia que primeiro decretaram a greve para depois apresentarem a pauta de reivindicações
“Os professores tiveram reajuste de 13,1% neste ano e os administrativos em 6,28%. Os professores também tiveram reajuste de 26% no auxílio locomoção. Quanto a Reforma, o prefeito em discussão com o Fórum dos Servidores, o prefeito já colocou a disposição de negociar o quinquênio. Em relação a gratificação dos diretores. O pedido é que como são eleitos que não entrem no bojo nos demais servidores para efeitos de incorporação. O secretário de governo, de finanças, o prefeito tem disposição em negociar este ponto. São os dois itens que atingem os servidores”, argumenta a secretária de Educação, Neyde Aparecida.
Quanto a pontos estruturais reclamados pelos servidores, a secretária informou ao Diário de Goiás que uma empresa presta serviços desde o final de 2013 relativos a manutenção nas unidades de ensino. Foram repassados até o momento R$ 19 milhões. Foi informado que CMEIS de placas estão estão sendo substituídos.
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