22 de novembro de 2024
ELEIÇÕES 2024

Pablo Marçal pede na Justiça indenização de R$ 100 mil a Datena por cadeirada

Petição foi protocolada no Tribunal de Justiça de São Paulo na quinta-feira (26), segundo O Globo
Cadeirada de Datena em Marçal como revide a ofensas verbais do goiano, foi transmitida ao vivo - Foto: reprodução
Cadeirada de Datena em Marçal como revide a ofensas verbais do goiano, foi transmitida ao vivo - Foto: reprodução

O influenciador digital e empresário goiano, Pablo Marçal (PRTB), que disputa a prefeitura de São Paulo, quer uma indenização de R$ 100 mil do apresentador José Luiz Datena (PSDB) concorrente dele, por danos morais em razão da cadeirada que Datena desferiu contra Marçal. A agressão física ocorreu durante um debate eleitoral na Tv Cultura, no dia 15, após provocações de Marçal, com ofensas a Datena.

Segundo a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Marçal entrou com uma ação na Justiça contra Datena. A petição foi protocolada no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) na quinta-feira (26), pelo coordenador jurídico da campanha, Paulo Hamilton Siqueira Junior.

Conforme O Globo, o advogado afirma que “a agressão foi premeditada e que provocou efeitos devastadores na esfera moral, física e psicológica, além de constrangimento e humilhação pública” ao candidato do PRTB. Ele ainda citou que Marçal sofreu uma fratura no sexto arco costal e uma lesão no punho direito e teve sua imagem pública severamente afetada.

Os advogados de Marçal acusam Datena de “uso da força bruta para calar um adversário político” e de “afronta direta ao processo democrático, colocando em risco a integridade do debate público, bem como a segurança dos demais candidatos e o direito do eleitorado de assistir a discussões eleitorais pautadas pelo respeito mútuo e pela troca de ideias”, publicou o jornal

Agressões ao vivo

No dia do debate, Datena atingiu Marçal com uma cadeira em uma cena transmitida ao vivo, após uma série de provocações de Marçal. O candidato do PRTB fez insinuações sobre uma acusação de assédio sexual contra o apresentador que foi arquivada pela Justiça, como se isso não tivesse ocorrido. E ainda qualificou o adversário com uma gíria comum nas prisões para definir estupradores e depois chamou Datena de covarde por não ter batido nele em um debate anterior. O apresentador caiu na provocação e atingiu Marçal com a cadeira.

Essa é a segunda ação da campanha de Marçal contra Datena por causa da cadeirada. Na semana passada, os advogados do candidato do PRTB apresentaram à Justiça Eleitoral uma notícia-crime pedindo investigação pelo crime de injúria – mas não fazem nenhuma menção ao registro de candidatura do adversário.

Depois do debate, o empresário chegou a afirmar que pediria a cassação do registro do apresentador. Mais tarde a ideia foi abandonada porque a agressão não era uma infração prevista na lei eleitoral.

Já Datena, conforme o jornal, entrou com oito ações contra Marçal em razão de “agressões à honra e acusações verbais” feitas durante o debate. De acordo com O Globo, o advogado do apresentador, Eduardo Leite, alega que a cadeirada foi um gesto de legítima defesa e diz que isso será demonstrado no processo. Leite afirma que também vai entrar com novas ações de dano moral com pedido de indenização contra Marçal.

Como mostrou o Diário de Goiás, um dos efeitos diretos do episódio foi uma queda nos índices de intenção de votos de Marçal nas rodadas de pesquisas do Datafolha e da Quaest nos dias seguintes.


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